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Fato ou Fake: Carnaval é gasto ou investimento para o Estado?

Postado por SECEC-RJ em 16/set/2019 - Sem Comentários

Há muito se discute a questão das verbas públicas para o Carnaval. Se para uns a maior festa a céu aberto do planeta é um gasto, há quem defenda o evento como um grande investimento para o terceiro setor, principalmente no que se refere ao incremento do turismo e à imagem internacional do Rio de Janeiro.

Em números, o carnaval movimenta em 04 dias, quase que o montante de  um semestre inteiro sem eventos dentro da cidade (dados da Fecomercio).

Fazendo um retrospecto de um passado recente, a festa rendeu ao Estado do Rio de Janeiro 912 milhões de dólares, pouco mais de 3 bilhões de reais, em 2017. A ocupação de hotéis chegou aos 99% e o comércio celebrou o aumento de vendas em quase 40%.

Para que se tenha uma ideia, o carnaval, naquele período, faturou mais do que dois eventos do Super Bowls, o evento esportivo mais rentável do mundo. Gasto ou investimento?

Investimento, esta é a palavra. O carnaval não é um simples evento que movimenta a cidade em fevereiro.

É uma indústria que opera 365 dias no ano, movimentando ao longo de todo o período, o comércio nacional e internacional, visto que muitos dos artigos empregados na confecção de fantasias são importados.

Ademais, é geração de emprego e em larga escala, não somente do ponto de vista da economia criativa, mas da mão de obra especializada.

Para que se produza um espetáculo deste porte, engenheiros, arquitetos, designers, cenógrafos, entre outros profissionais do setor acadêmico, trabalham lado a lado com costureiras, artesãos e escultores elevando a festa ao patamar de maior espetáculo da Terra.

Estamos falando em  educação quando os enredos das escolas de samba, inclusive as mirins, levam ao público histórias e estórias muitas vezes desconhecidas?

Falamos em economia, quando o turista lota hotéis, restaurantes em todo o Estado e movimenta o comércio nas lojas. 

Também podemos falar em difusão cultural,  quando a comunidade se junta ao turista para cantar o samba-enredo.

Não menos importante, podemos dizer que esta festa é  geração de emprego com responsabilidade social quando dá oportunidade aos trabalhadores de suas comunidades e aos artesãos de construírem um espetáculo que é, sobretudo, lazer.

Quando se fala em tirar dinheiro do carnaval, fala-se em diminuir oportunidade de emprego e de lazer dentro de comunidades.

Quando se deixa de investir em carnaval o impacto no comércio, na economia e no turismo são visíveis.

Fato

Se não há investimento, não há receita e, por conseguinte, a economia não gira.

Fato

Sem receita, as escolas de samba não conseguem dar sequência a seus projetos sociais, causando impacto negativo dentro das comunidades a que pertencem.

Sem projeto social, a ociosidade de crianças e jovens podem contribuir, inclusive, para o aumento da criminalidade, visto que muitas destas atividades operam no sentido de ocupar o tempo destes indivíduos em formação.

Fato

Carnaval é geração de empregos e oportunidades de trabalho em diferentes setores da economia, aumentando o movimento do comércio, estimulando o turismo e a formação de novos negócios.

Atualmente, a Marquês de Sapucaí não é somente o palco dos desfiles das escolas, o espaço tornou-se, nada mais nada menos, do que uma excelente opção para network e promoção do turismo na cidade.

Desfile das Escolas de Samba no Rio de Janeiro. Crédito: MTur / Foto:Rudy Huhold

Fake

O carnaval não traz lucro para a cidade ou para o Estado. Se há empregabilidade, há movimentação do comércio e a economia gira.

Fato

A falta de investimento reduziu a oferta de trabalho em até 60% para artesãos em todo o Estado.

Carnavais como o de Campos dos Goytacazes, Maricá, Niterói, Nilópolis, estagnaram e desempregaram centenas de profissionais.

artesão trabalhando em alegoria para o carnaval
Flávio Policarpo é mais um artesão que sofre com a falta de investimentos. Em trinta anos de folia, precisou expandir olhares a outros mercados para manter as oportunidades.

Fake

O investimento do município para os desfiles da Marquês de Sapucaí foi de 70 milhões de reais em 2019. A subvenção para cada escola do Grupo Especial foi de 500 mil reais por escola, em um total de 14 agremiações.

Através da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa e por meio da Lei de incentivo fiscal, a LIGHT foi a única patrocinadora das escolas de samba com uma subvenção de R$15 milhões, sendo um milhão para cada agremiação do Grupo Especial (14 escolas de samba), além de um milhão para  projeto organizado pela AESM-Rio ( Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro).

Carnaval 2020 | Investimentos podem mudar o panorama atual dos artesãos

Postado por SECEC-RJ em 28/ago/2019 - Sem Comentários

A maior festa popular do planeta movimenta dividendos da ordem dos bilhões para os cofres públicos, no entanto, a falta de investimento vem atingindo e comprometendo o orçamento de quem faz a festa acontecer.

Quatro dias de festa que movimentam a economia do Rio de Janeiro em setores como o turismo, hotelaria e serviços causando um impacto da ordem dos 6 bilhões de reais (dados da Riotur para o Carnaval 2019). Por trás deste espetáculo que encanta turistas de todas as partes do mundo e cuja transmissão vai para 142 países, a indústria do Carnaval agoniza, mas tenta tirar forças para não sucumbir à crise.

Com uma indústria que funciona 365 dias no ano e emprega milhares de funcionários temporários ou não, o Carnaval é geração de emprego e oportunidade em todo o Estado. Na Marquês de Sapucaí, palco principal dos eventos, o espetáculo de quatro dias é resultado do trabalho de uma cadeia produtiva que envolve artesãos de diversos municípios cariocas. Rio de Janeiro, Nilópolis, Caxias, Niterói e São Gonçalo representam suas comunidades com agremiações de grande porte e visibilidade, atraindo turistas a estas regiões. Já Campos, Cantagalo e Barra Mansa, despontam entre os grandes centros “fazedores” de Carnaval. Portanto, a crise e a falta de investimentos afetam a indústria como um todo, rompendo elos importantes dentro da cadeia.

Em meio à falta de investimentos, a economia criativa do Carnaval é a que mais sofre com as dificuldades que permeiam o setor. Artesãos da folia tiveram que adaptar-se à nova realidade do mercado e, com a diminuição da oferta de trabalho, a redução no orçamento é cada vez mais latente.

artesão trabalhando em alegoria para o carnaval
Créditos: Divulgação

Casos como o de Janice Custódio, bordadeira de Barra Mansa, são somente um dos exemplos de como a falta de investimento na festa pode prejudicar a renda familiar destes profissionais. Atuando no ramo há três décadas, Janice chegou a recrutar 70 bordadeiras por temporada para atender às demandas das escolas de samba. Em três anos, viu a oferta de trabalho e, consequentemente a renda e empregabilidade diminuírem em quase 70%.

“O Carnaval começa em agosto pra mim, e já cheguei a trabalhar com 70 bordadeiras neste período. Hoje, se tenho 30 na equipe é muito, primeiro porque não tem trabalho e, por conta da diminuição de escolas, muitas bordadeiras foram procurar outras coisas, outros meios. Se, há três anos atrás, eu conseguia tirar  R$60 mil em 6 meses de trabalho, hoje não consigo tirar 20 (mil), não só pela falta de trabalho, como também por conta dos produtos da China. O bordado é feito à mão, é artesanal, mas o tecido chinês vem substituindo o nosso trabalho”, comenta ela que atualmente compensa a queda do orçamento com faxinas.

Quem também lamenta a crise é o escultor Flávio Policarpo. Conhecido no Carnaval pela ousadia em levar figuras de grande porte aos carros alegóricos, Policarpo é mais um artesão que sofre com a falta de investimentos. Em trinta anos de folia, precisou expandir olhares a outros mercados para manter as oportunidades.

“Sou do tempo em que tínhamos 12 alegorias em cada escola e hoje temos 06 no Grupo Especial. Só aí a demanda já diminui. Cheguei a trabalhar em 05 escolas e hoje presto serviços para duas apenas, ou seja, uma equipe que contava com 18 assistentes, hoje opera com 04. O que mais vi nos últimos anos, foram profissionais que antes saíam da televisão e do teatro para o Carnaval, fazer o caminho inverso para não ficarem desempregados”, diz.

É preciso um novo olhar para a questão. Carnaval é investimento, geração de empregos e oportunidade de novos negócios para o Estado. 

Tudo que você precisa saber sobre a Escola de Dança Maria Olenewa

Postado por SECEC-RJ em 05/ago/2019 - Sem Comentários

Apesar do seu nome, o Theatro não pertence ao Município e sim, ao Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, é um dos Equipamentos Culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, e está sob a direção da Fundação Teatro Municipal.

O Theatro Municipal, atualmente com 2.252 lugares, é considerado a principal casa de espetáculo do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Ao longo de pouco mais de um século, a casa tem recebido em seus palcos grandes artistas internacionais e os principais nomes da cultura brasileira, representantes da dança, música, ópera e artes cênicas.

theatro municipal rj
Theatro Municipal, 2019

Escola de Dança Maria Olenewa

Escola de dança theatro municipal
Turma de Ballet da Escola de Dança Maria Olenewa

A Escola Estadual de Dança Maria Olenewa foi fundada em 1927, sendo, portanto, a mais antiga instituição brasileira dedicada ao ensino da dança e à formação de bailarinos clássicos. Sua fundadora, a bailarina russa Maria Olenewa, esteve no Brasil em tournée como integrante das companhias de Ana Pavlova e Leonide Massine, em 1918 e 1921, respectivamente. Entre 1922 e 1924 foi professora e diretora da Escola de Dança do Teatro Colón de Buenos Aires. Em 1926 se estabeleceu no Rio de Janeiro, onde iniciou importante trabalho pedagógico.

Com o apoio de Mário Nunes, crítico teatral do Jornal do Brasil, Olenewa apresentou ao governo do então Distrito Federal a proposta de criação de uma escola de formação de bailarinos. O objetivo principal era possibilitar a futura organização de um corpo de baile para atuar nas temporadas líricas, evitando a constante contratação de profissionais no exterior, como também de viabilizar o estabelecimento de uma temporada de dança voltada para a apresentação dos balés de repertório.

A aula inaugural realizou-se em 11 de abril de 1927. Em 19 de novembro a escola realizou seu primeiro espetáculo com o balé Les Sylphides e Divertissements.

Entre 1928 e 1929 Maria Olenewa se afastou de suas atividades para tratamento de saúde na Suíça, período no qual Ricardo Nemanoff e Luisa Carbonell se responsabilizaram pela direção da escola. Olenewa retornou em 1930 e reassumiu suas funções.

Os decretos 3.506 e 3.507 de 1931 do prefeito Adolpho Bergamini oficializaram e sistematizaram as atividades da escola, com a criação do primeiro regimento, passando a se chamar Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal. O trabalho de Maria Olenewa resultou, em 1936, na criação do Corpo de Baile com alunos oriundos da escola. Maria Olenewa permaneceu à frente da escola até 1943, quando se transferiu para São Paulo, onde criou a Escola de Bailados do Teatro Municipal da capital paulista.

Maria Olenewa theatro municipal
Maria Olenewa. [c. 1930]

Ao longo de sua trajetória a escola foi vinculada a diferentes organismos. Em 1963 foi desvinculada do Theatro Municipal e passou a chamar-se Escola de Danças do Estado da Guanabara. Em 1965 voltou a fazer parte da estrutura administrativa do Theatro Municipal até 1975, quando foi mais uma vez dele desligada para integrar o Instituto Nacional das Escolas de Arte, passando a denominar-se Escola de Danças do INEART.

A atual denominação foi estabelecida em 1982 por decisão do governador Chagas Freitas a partir de sugestão da Associação de Ballet do Rio de Janeiro em homenagem a fundadora da Escola de Dança.

Em 1995 a já então chamada Escola Estadual de Dança Maria Olenewa retornou ao seu lugar de origem e foi reintegrada ao Theatro Municipal. Além do antigo prédio anexo do Theatro Municipal, hoje demolido, a escola teve como sede o prédio que abrigou também o Museu da Imagem e do Som, localizado na Lapa.

Atualmente utiliza as instalações do terceiro andar do novo prédio anexo do Theatro Municipal, enquanto aguarda a finalização de sua nova e definitiva sede na Central Técnica do Porto.

A Escola de Dança oferece curso profissionalizante com aulas de balé clássico, pas-de-deux, repertório clássico, danças características, dança espanhola, balé contemporâneo, composição e improvisação, história da arte, história da dança, terminologia da dança clássica, educação musical, comportamento e atitude profissional.

Ao longo de sua existência vem sendo responsável pela formação dos mais importantes nomes brasileiros que atuam como bailarinos, coreógrafos, maitres, professores e ensaiadores no Brasil e no exterior.

O que você não sabia sobre o Corpo Artístico do Theatro Municipal

Postado por SECEC-RJ em 22/jul/2019 - Sem Comentários

Apesar do seu nome, o Theatro não pertence ao Município e sim, ao Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, é um dos Equipamentos Culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, e está sob a direção da Fundação Teatro Municipal.

O Theatro Municipal, atualmente com 2.226 lugares, é considerado a principal casa de espetáculo do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Ao longo de pouco mais de um século, a casa tem recebido em seus palcos grandes artistas internacionais e os principais nomes da cultura brasileira, representantes da dança, música, ópera e artes cênicas.

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Theatro Municipal, 2019

Corpo artístico próprio

Desde a décado de 30, o Theatro Municipal se preocupa em manter seu próprio corpo artístico. Hoje, é a única instituição cultural brasileira a manter, simultaneamente, um Coro, uma Orquestra Sinfônica e uma companhia de Ballet, responsáveis pela realização das temporadas artísticas oficiais.

Coro

coro theatro municipal

O Coro do Theatro Municipal foi criado em 1931, mas sua organização efetiva só ocorreu a partir de 1933, após a nomeação de Santiago Guerra, seu primeiro maestro titular, durante a ópera Andrea Chénier.

Muitos nomes influentes já passaram pela direção do Coro. No período em que o maestro Andrés Máspero foi nomeado titular, entre 1978 a 1982, o Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi considerado um dos melhores do mundo em seu gênero pela revista Ópera News.

O Coro do Theatro Municipal participa das óperas nas temporadas líricas, assim como de concertos sinfônicos e ballets. Desde sua criação já cantou em mais de uma centena de produções de óperas, desde Orfeo de Monteverdi até títulos de compositores brasileiros.

Em suas atuações cênicas, o Coro já foi dirigido por nomes como Franco Zefirelli, Lamberto Puggelli, Wolf Siegfried Wagner, Hugo de Anna, Gianni Rato, Adolfo Celli, Oscar Figueroa, Margarita Wallmann, Sonja Frissell, Werner Herzog, Sérgio Brito e Gerald Thomas.

Para as apresentações com a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal, ou com outras orquestras para as quais é constantemente convidado, possui um vasto repertório, que vai desde o Barroco até a produção contemporânea.

Orquestra Sinfônica

orquestra sinfônica theatro municipal

Em 1931, o mesmo decreto que criou o Coro, determinou também a criação da Orquestra do Theatro Municipal. Para isto, o então Prefeito do Distrito Federal, Adolfo Bergamini, organizou uma comissão formada por dois professores do Instituto Nacional de Música, os maestros Luciano Gallet e Francisco Braga, e dois italianos residentes na cidade, os maestros Silvio Piergili e Salvatore Ruberti, a quem encomendou o projeto para a criação da orquestra.

Com os músicos recrutados através de concurso, em 05 de setembro de 1931 a OSTM fazia seu primeiro concerto, tendo como solista o tenor Tito Schipa, sob a regência de Francisco Braga, que se tornou seu primeiro maestro titular. Em 1934, o prefeito Pedro Ernesto determinou um acréscimo no número de seus elementos de modo a proporcionar um maior rendimento artístico e a abordagem de repertórios mais complexos.

Ao longo de sua trajetória a OSTM não só se dedicou ao repertório lírico e de ballets, como também ao sinfônico, realizando concertos no Theatro Municipal, Sala Cecília Meireles, Teatro João Caetano e Museu de Arte Moderna, dentre outros espaços.

Desenvolve importante ação cultural apresentando-se para um público muito amplo e diversificado em inúmeras cidades do Estado do Rio de Janeiro, tendo participado também de eventos como os Festivais de Música da Guanabara, o Festival Villa-Lobos, a Bienal de Música Brasileira Contemporânea e o Projeto Aquarius. Realizou também inúmeras estreias de obras dos principais compositores brasileiros, muitas vezes sob a direção dos próprios autores.

Alguns dos maiores nomes da regência têm dirigido a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. Atualmente a Orquestra possui um quadro de 114 instrumentistas, sendo 76 músicos efetivos e os demais contratados de acordo com o repertório a ser apresentado.

Ballet

ballet theatro municipal rj

A história do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro começa em 1927, quando a bailarina Maria Olenewa fundou a primeira escola de dança do Brasil, sediada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Olenewa, integrante da Companhia de Bailados de Leonide Massine, que lecionou na Escola de Danças do Teatro Colón de Buenos Aires e dançou no Brasil em 1921, fixou residência no Rio de Janeiro. Animada com as aulas particulares de ballet que ministrava na cidade, tomou a iniciativa de propor a criação da Escola de Dança, dando início à formação de bailarinos para integrar um futuro Corpo de Baile.

Inicialmente, Corpo de Baile e Escola de Dança se fundiam numa única estrutura na apresentação de espetáculos, até que, em 1936, foi oficialmente criado o Corpo de Baile com a separação definitiva entre escola e companhia profissional.  A partir de então, o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro vem cultivando um extenso repertório, baseado nos grandes títulos clássicos de todos os tempos e a produção contemporânea. Ao longo de sua existência foi dirigido por grandes nomes da dança e contou com a colaboração de coreógrafos de prestígio internacional.

Theatro Municipal: Um acervo histórico que você precisa conhecer

Postado por SECEC-RJ em 18/jul/2019 - Sem Comentários

Apesar do seu nome, o Theatro não pertence ao Município e sim, ao Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, e está sob a direção da Fundação Teatro Municipal.

O Theatro Municipal, atualmente com 2.226 lugares, é considerado a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul.

Ao longo de pouco mais de um século, a casa tem recebido em seus palcos grandes artistas internacionais e os principais nomes da cultura brasileira, representantes da dança, música, ópera e artes cênicas.

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Theatro Municipal, 2019

Acervo Histórico

O Theatro Municipal possui o Centro de Documentação da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro (CEDOC/FTMRJ) que reúne volumosa documentação sobre a história do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e seus espetáculos.

Ao acervo inicial do Museu dos Teatros do Rio de Janeiro se somaram outras milhares de peças, doadas por artistas e pessoas comuns, o que favoreceu não só a ampliação do acervo mas sua relevância como um dos principais centros de documentação das artes cênicas, atraindo pesquisadores de diversas partes do país e do mundo.

O acervo documental reúne peças relacionadas à história do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e aos espetáculos apresentados, como programas, libretos, fotografias, partituras, manuscritos, cartões postais, cartazes e folhetos.

acervo theatro municipal rj
CEDOC: Itens em cristal e porcelana do acervo

O acervo museológico abrange mais de 600 peças e é composto por cristais, porcelanas, pinturas, desenhos, esculturas, indumentária, mobiliário, objetos pessoais e de cena.

A exposição virtual do “Acervo Histórico” está disponível online, no site oficial do Theatro Municipal, e pode ser acessada clicando aqui.

A arquitetura clássica do Theatro Municipal como você nunca viu

Postado por SECEC-RJ em 17/jul/2019 - Sem Comentários

Apesar do seu nome, o Theatro não pertence ao Município e sim, ao Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, é um dos Equipamentos Culturais da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, e está sob a direção da Fundação Teatro Municipal.

O Theatro Municipal, atualmente com 2.252 lugares, é considerado a principal casa de espetáculo do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul.

Ao longo de pouco mais de um século, a casa tem recebido em seus palcos grandes artistas internacionais e os principais nomes da cultura brasileira, representantes da dança, música, ópera e artes cênicas.

theatro municipal rj
Theatro Municipal, 2019

Estrutura Clássica

Localizado na Praça Marechal Floriano, na Cinelância, o Theatro teve o início de suas obras durante a prefeitura de Pereira Passos, como parte do conjunto arquitetônico das obras de reforma urbana do Rio de Janeiro e abertura da Avenida Central (atual Avenida Rio Branco).

Sua construção se deu a partir da abertura de uma concorrência pública para a escolha do projeto arquitetônico. Cujo os primeiros colocados ficaram empatados: o projeto Aquilla, em que o suposto autor seria o engenheiro Francisco de Oliveira Passos, filho do então prefeito, e o projeto Isadora, do arquiteto francês Albert Guilbert, vice-presidente da Associação dos Arquitetos Franceses.

theatro municipal rio de janeiro
Projeto concorrente para o Theatro Municipal – fachada: Aquilla (c. 1904.).
Crédito: PASSOS, F. O.
theatro municipal rio
Projeto concorrente para o Theatro Municipal – fachada: Isadora (c. 1904.). Crédito: GUILBERT, Albert.

O resultado do concurso foi motivo de uma forte polêmica na Câmara Municipal, acompanhada pelos principais jornais da época, em torno da verdadeira autoria do projeto Aquilla, suspeito de ter sido elaborado pela seção de arquitetura da Prefeitura. Entretanto, o projeto final foi o resultado da fusão dos dois premiados, uma vez que os dois eram inspirados na Ópera de Paris.

theatro rio de janeiro
Projeto final para o Theatro Municipal – fachada (c. 1904.) Crédito:
PREFEITURA do Distrito Federal (RJ)

O prédio começou a ser erguido em janeiro de 1905, e contou com a participação dos mais importantes pintores e escultores da época: Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Além de artesãos europeus, que executaram vitrais e mosaicos, e um grupo de 280 operários, que por muito tempo se revezou em 2 turnos de trabalho.

Finalmente, em 14 de julho de 1909, após 4 anos e meio de construção, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi inaugurado pelo presidente da República da época, Nilo Peçanha, com capacidade para 1.739 espectadores.

estrutura theatro municipal
Theatro Municipal (Século XX). Crédito:
MALTA, Augusto.

Desde a sua inauguração, o Theatro Municipal teve 4 grandes reformas: 1934, para aumento da capacidade da sala para 2.205 lugares; 1975, para realização das obras de restauração e modernização e criação da Central Técnica de Produção; 1996, iniciou-se a construção do edifício Anexo com salas de ensaios para o Coro, Orquestra Sinfônica e Ballet; e 2008, cuja as obras foram concentradas para restaurar e modernizar as instalações.

5 Artistas LGBTQI+ brasileiros para conhecer e se inspirar

Postado por SECEC-RJ em 28/jun/2019 - Sem Comentários

O orgulho LGBTQI+ é sobre a construção do amor e desconstrução das amarras dos preconceitos e intolerâncias. Tem muita gente da comunidade fazendo acontecer e inspirando o orgulho por todo Brasil. Levantar a bandeira da diversidade é um compromisso da cultura. Orgulhe-se de ser, e respeite quem é. 

Bia Ferreira

Mineira, negra, lésbica a cantora e multi-instrumentista, Bia Ferreira não nega suas raízes e identidade, transmitindo isto através do seu trabalho. Suas canções expressam seus amores, dores e abordam pautas sociais pertinentes.

“Então ame, e que ninguém se meta no meio/ O belo definiu o feio pra se beneficiar/ Ame e que ninguém se meta no meio/ Por que amar não é feio neguinho, o feio é não amar” 

Bia Ferreira
Imagem: Reprodução

Liniker

Liniker chegou arrebentando nossos corações com suas letras românticas e voz hipnotizante. É vocalista da banda Liniker e os Caramelows e orgulha-se de servir de inspiração para outras pessoas trans.

“Não é em todo lugar que posso ir com tranquilidade. Sou uma mulher negra, eu sou travesti. Várias coisas me fazem pensar onde vou, com quem vou sair. É extremamente perigoso. Mas também libertador, quando resolvo sair de casa” comenta Liniker em entrevista à Carta Capital

Liniker
Imagem: Reprodução

Johnny Hooker

Pernambucano arretado, Jonny é cantor, compositor, ator e roteirista. Levanta a bandeira LBGTQI+ na arte e na vida. Afirmou que “falar de amor é uma coisa transgressora”, em entrevista à revista Billboard. Sua música “Flutua”, gravada em parceria com Liniker, venceu o prêmio de melhor Clipe do Ano, em 2018, da MTV.

“O que vão dizer de nós?/ Seus pais, Deus e coisas tais / Quando ouvirem rumores do nosso amor / Baby, eu já cansei de me esconder / De olhares, sussurros com você / Somos dois homens e nada mais” 

Reprodução: Capa álbum “Coração”

Nanda Costa

Direto de Paraty e bissexual assumida, Nanda Costa não esconde a felicidade e orgulho de ser. Em entrevista à revista Quem a atriz revelou “Não tenho culpa nem vergonha de ser quem eu sou”. Junto a sua atual noiva, a compositora e instrumentista Lan Lanh, compôs a música “Não é comum, mas é normal”, na qual as duas questionam a intolerância e celebram o amor homoafetivo.

“Por que você não aceita e vai viver a sua vida? / Amor de igual é igual não mal não faz mal, nenhum”

Imagem: Reprodução

Annie Ganzala – Kpitú

Annie Kpitú, é artista plástica e traduz em seu trabalho, experiências, vivências, encontros e memórias. Nascida em Salvador, é grafiteira e suas tintas expressam sua forma liberta de ver o mundo.

Ganzala
Reprodução: Afropunk

A cultura orgulha-se de ter nomes tão talentosos e importantes no repertório. Pessoas necessárias, vivências importantes de serem contadas. Para estender a nossa lista, criamos uma playlist especial do orgulho LGBTQI+, com vários outros artistas, de todo canto do Brasil.

7 nomes da música fluminense que você precisa conhecer

Postado por SECEC-RJ em 03/jun/2019 - Sem Comentários

O cenário musical fluminense é vasto, híbrido e eclético. Convidamos você a conhecer os nomes que estão contagiando as paradas musicais. Cada um com seu gênero e sua singularidade. A música fluminense, com seu chiado nos vocais e criatividade diversa, tem muito a mostrar, e selecionamos sete nomes para você sentir a vibração boa que rola por aí.

Letrux

Letícia Novaes – ou como é mais conhecida, Letrux – está levando para todos os cantos do país os sons hipnotizantes de seu mais novo disco, o álbum “Letrux em Noite de Climão” (2017). A tijucana nos leva a sentir o prazer dos términos, encontros e reencontros. Amante dos palcos, a artista é atriz, cantora e poetisa. Letrux é uma experiência (e das boas).


Imagem do clipe “Flerte Revival”

Canto Cego

Rio também é rock. A banda Canto Cego começou na Maré, em 2010, e desde então comprova seu talento na voz de Roberta Dittz, na guitarra de Rodrigo Solidade, na bateria de Ruth Rosa e no baixo de Magrão. A banda traz o som pesado do rock, a voz macia, poesia e cotidiano. Contemple a Canto Cego e sinta o rock adentrar suas veias.

Reprodução: Facebook Oficial Canto Cego

Mahmundi

Direto de Marechal Hermes, Marcela Vale se iniciou na música gospel, mas aos poucos se curvou ao synthpop e ao R&B. Tudo começou em seu estúdio caseiro, onde gravou seu primeiro EP. A cantora e instrumentista foi vencedora do prêmio “Nova Canção Multishow”, em 2014. Cantando positividade, Mahmundi encanta os ouvidos no primeiro play.

Reprodução: Facebook Oficial Mahmundi

Rubel

O cantor e compositor Rubel nasceu em Volta Redonda e se mudou para a capital com apenas 7 anos. Rubel é o MPB que surgiu por meio da internet. As letras poéticas encantam seu público. Um som que acalma, que faz refletir. Músico independente, já lotou casas de show, e seu álbum “Casas” foi indicado ao Grammy Latino, em 2018, na categoria “Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa”. Esse som ainda promete muito.

Reprodução: Facebook Oficial Rubel

Malía

Com apenas 20 anos, Malía tem uma voz potente e macia. Cria da Cidade de Deus, a jovem canta pop, reggae, trap, rock, R&B, samba. É muito talento. E a artista almeja passos maiores em sua carreira. Suas letras falam de empoderamento, discriminação racial e desigualdade social. Você ainda não escutou Malía? Está perdendo! O arrepio é certo e a satisfação, também. O mundo será de Malía!


Samba que elas querem

O que elas querem e sabem fazer muito bem? Samba! O Grupo Samba Que Elas Querem é carioca da gema, formado apenas por mulheres, e canta o repertório de grandes nomes do samba brasileiro, como Jovelina Pérola Negra, Dona Ivone Lara e Roque Ferreira. É a típica roda de samba bem carioca para você cantar junto. A banda é empoderamento feminino e reflete o trabalho desbravador das mulheres pioneiras da história do samba.

Foto: Maria Magdalena Arréllaga

Banda Tereza

O som independente da Banda Tereza – de Niterói – surgiu em 2009 e já foi premiado. Formada pelos amigos de infância Mateus Sanches, João Volpi, Sávio Azambuja, Rodrigo Martins e Vinícius Louzada, a banda faz uma mistura gostosa de ótimas referências que passeiam entre o rock indie e o Britpop.  Suas baladinhas contagiam quem por elas passa. E uma curiosidade: o nome da banda é referência a uma amiga dos rapazes, por quem todos foram apaixonados na infância.

Reprodução: Facebook Oficial Banda Tereza

Quer ouvir esses e mais artistas? Nós fizemos uma Playlist da Nova Música Fluminense para você curtir, ouvir alto, cantar junto, seguir e compartilhar. Ouve lá. Temos certeza de que vai adorar.

Nove dicas de Passeios Culturais no Rio de Janeiro

Postado por SECEC-RJ em 29/Maio/2019 - Sem Comentários

Fim de semana chegando e ainda não sabe o que fazer no Rio de Janeiro? Que tal um passeio para conhecer nove dos principais espaços culturais da cidade?

Eles oferecem uma programação rica e variada de música, teatro, artes plásticas, e atividades para a meninada, também.

E não só isso: muitos deles tesouros arquitetônicos, cada lugar guarda um tanto de história que vale descobrir.

Um dia só não será suficiente, claro, mas você pode adequar esse roteiro à sua preferência.

Centro

Theatro Municipal

Inaugurada em 1909, a principal casa de espetáculos do Brasil – e uma das mais importantes da América do Sul – foi inspirada na Ópera de Paris.

Suas escadarias de mármore, seus vitrais, suas pinturas e esculturas – de artistas como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli – até hoje encantam os frequentadores que caminham por seu piso de mosaicos e mesmos os artistas que ali se apresentam, levam a um outro tempo, a um outro mundo, repleto de arte e beleza.

É um pouco de Europa em meio à carioquíssima Cinelândia.

E essa forte conexão com o Velho Mundo era evidente na programação de seus primeiros anos, quando recebia apenas companhias e orquestras estrangeiras. Com o passar do tempo, no entanto, o TM começaria a fomentar os talentos nacionais.

Em 1931,  nasceu a Orquestra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, para acompanhar ou coestrelar programas com gigantes da música, dentre eles Maria Callas, Sarah Bernhardt, Igor Stravinsky e Enrico Caruso.  

E hoje a casa tem Coro, Balé e a Orquestra Sinfônica próprios.

Em 2010, na celebração de seu centenário, o TM recuperou a beleza e o esplendor de seu projeto original, depois de passar por uma minuciosa restauração, que consumiu mais de dois anos de trabalho intenso.

Para tanto, foi montada uma verdadeira orquestra de especialistas nas mais diversas áreas: douramento, madeira, restauração de pinturas artísticas, vitrais, mosaicos, cerâmicas, cobertura de cobre, infraestrutura, acústica, iluminação e procedimentos de prevenção e combate a incêndio.

Ao todo, 915 profissionais (350 restauradores e 565 da construção civil) trabalharam incansavelmente e realizaram um trabalho monumental, que consumiu 219 mil folhas de ouro, 57 toneladas de cobre, 1.500 novas luminárias e mais de cinco mil lâmpadas.

Atualmente, o Theatro Municipal tem programação variada – que inclui dança, música, óperas e uma série de eventos especiais –  de março a dezembro e disponibiliza visitas guiadas de terça a sábado, de 11h às 16h.

Como chegar no Theatro Municipal?

Endereço: Praça Floriano, Centro, Rio de Janeiro-RJ

Metrô: Cinelândia

Sala Cecília Meireles

Cravada no coração da Lapa – num prédio que em outras encarnações já foi armazém, hotel e cinema – e com mais de meio século de atividade e muita história, a Sala é uma das casas de concerto mais tradicionais do Brasil.

Reconhecida por sua excelente acústica, uma das melhores da América Latina, ao longo dos anos adquiriu uma personalidade tão forte que passou a ser chamada, carinhosamente – e apenas – de “a Sala”.

Mas a Sala também é famosa por seu belo edifício, hoje ainda mais imponente, depois de extensa e cuidadosa reforma, concluída em 2014. Agora com novos assentos distribuídos em dois níveis de plateia, acessibilidade e um bistrô (para uma pequena refeição, um café ou um drinque antes ou depois do espetáculo), a Sala chegou ao século 21 com instalações modernizadas e pintura que recupera sua cor original.

A abertura do frontão da fachada principal em janela panorâmica com vista para o Passeio Público, a Igreja da Lapa do Desterro e o Aterro do Flamengo, um toque arquitetônico especial, integrou ainda mais a Sala com o Largo da Lapa e trouxe luz natural para dentro do prédio.

Para não perder uma de suas principais marcas, foi preservado o famoso painel modernista que adorna o fundo do palco. Seu estilo é tão marcante que inspirou o desenho da luminária do foyer.

O prédio anexo à Sala hoje abriga o novo Espaço Guiomar Novaes, transformado em uma sala multiuso, para orquestras; de ensaios para apresentações até recitais de menor porte.

Ou seja, na Sala, o espaço para boa música é farto.

Como chegar na Sala Cecília Meireles?

Endereço: Largo da Lapa, 47 – Centro, Rio de Janeiro-RJ

Metrô: Cinelândia

Teatro João Caetano

A casa de espetáculos mais antiga do Rio de Janeiro, inaugurado por Dom João VI em 1813, com o nome de Real Theatro de São João (inspirado no Real Theatro de São Carlos, de Lisboa) e, durante muitos anos, o maior teatro do Brasil, este espaço, para além de sua atividade cultural, foi cenário de importantes acontecimentos históricos do país. Ali, por exemplo, Dom Pedro I assinou a primeira Constituição brasileira.

Sua versatilidade para abrigar gêneros de espetáculos variados – de operetas, a concertos, de comédias e grandes musicais a espetáculos aquáticos (e isso aconteceu de verdade, quando se chamava Teatro São Pedro de Alcântara) – e sua localização – em plena Praça Tiradentes, sempre um ponto de efervescência cultural – fizeram dele um dos mais conhecidos e respeitados espaços cênicos do país.

Por aqui passaram ícones das artes, como Eleonora Duse, Martins Pena, Chiquinha Gonzaga, Fernanda Montenegro, Gal Costa, Paulo Autran, Bibi Ferreira e, claro, João Caetano, seu atual patrono, considerado o primeiro grande ator do Brasil.

Um detalhe que poucos conhecem: dois painéis do pintor Di Cavalcanti, os primeiros murais modernistas da América Latina, são destaque na decoração do teatro.

Em seus mais de 200 anos de existência, o Teatro João Caetano trocou várias vezes de nome, sofreu três incêndios, mas uma coisa não mudou em todo esse tempo: sua vocação para receber grandes sucessos.

Como chegar no Teatro João Caetano?

Endereço: Praça Tiradentes, s/n – Centro, Rio de Janeiro-RJ

Metrô: Carioca

Biblioteca Parque Estadual

Situada num ponto estratégico da capital fluminense, ao lado da Central do Brasil e do Campo de Santana, coladinha ao burburinho da SAARA, a Biblioteca Parque Estadual, ultra moderna e arejada, é uma biblioteca pública multifuncional, um espaço cultural e de convivência.

Em seus 15 mil metros quadrados, a BPE disponibiliza um acervo com livros, quadrinhos, filmes, músicas digitalizadas e biblioteca infantil.

A BPE tem uma longa história: fundada em 1873 por Dom Pedro II, a antiga Biblioteca do Rio de Janeiro passou por diversos endereços e mudou de nome várias vezes. Em 1943, ganhou o endereço atual: Avenida Presidente Vargas, número 1261.

Sua renovação, concluída em 2014, segue projeto de Glauco Campelo, o mesmo arquiteto que desenhou nos anos 1980 o prédio que a biblioteca havia ocupado até então. O projeto de ambientação arquitetônica e mobiliário é de Bel Lobo e o de paisagismo, da Fundação Burle Marx.

Como chegar na Biblioteca Parque Estadual?

Endereço: Avenida Presidente Vargas, 1261, Centro, Rio de Janeiro-RJ.

Metrô mais próximo: Presidente Vargas

Casa França-Brasil

O prédio que abriga a Casa França-Brasil – um centro cultural versátil, onde acontecem desde instalações até eventos multimídia, pertinho da Igreja da Candelária e no trajeto da Orla Conde – simboliza as transformações causadas na cidade pela chegada da Família Real ao Brasil e teve uma trajetória longa e conturbada antes de assumir sua função atual. 

A transferência da Corte Portuguesa para o Rio de Janeiro, mais de 200 anos atrás, trouxe uma grande transformação econômica, política e cultural ao país. Por ordem de D. João VI, iniciou-se um intenso processo de modernização na cidade, que incluiu a construção deste prédio.

O casarão inaugurou o estilo neoclássico no Rio, em 1820, projetado pelo arquiteto francês Grandjean de Montigny. Serviu originalmente de Praça do Comércio e, ironicamente, foi palco, em 1821, da primeira revolução liberal do Rio de Janeiro, quando o povo se rebelou ao saber que a família real decidira voltar para Portugal levando a riqueza acumulada no Brasil e, mesmo de longe, mantendo rígido controle sobre a colônia.

Poucos anos mais tarde, com o Brasil já independente, foi transformado por D. Pedro I em Alfândega, função que exerceria até 1944.

Com a transferência da Alfândega para outro lugar, tornou-se um mero depósito, deteriorando-se rapidamente. Mais tarde, depois de submetido a obras urgentes, novamente o imóvel mudou de utilização, e, de 1956 a 1978, serviu ao II Tribunal de Júri. Até que, após a transferência do Tribunal, a construção foi desativada. 

Somente na década de 1980 a vocação atual do prédio começou a ser desenhada, por iniciativa de Darcy Ribeiro, então Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. quando firmou-se um convênio entre os governos federal, estadual e o Ministério da Cultura da França para a reforma do antigo prédio. Mas somente em 1990 seria, enfim, inaugurada a Casa França-Brasil. 

Completamente restaurado em 2009, o prédio hoje abriga exposições temporárias, bem como eventos especiais.

Como chegar na Casa França-Brasil?

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí 78, Centro-Rio de Janeiro-RJ

Metrô: Uruguaiana

Zona Sul

Casa de Cultura Laura Alvim

Antes mesmo de ser transformada em centro cultural, a Casa – um centro cultural completo de localização privilegiada, defronte ao mar de Ipanema – já era ponto de encontro de artistas como Tônia Carreiro, Fernanda Montenegro, Camila Amado e o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, que ensaiavam na casa, com a presença constante da anfitriã, Laura Alvim, uma dedicada apoiadora das artes, que doou o imóvel ao Governo do Rio de Janeiro em 1983, seis meses antes de sua morte.

A Casa iniciou suas atividades em 1986 como espaço multicultural com teatro, cinema, auditório para palestras, galeria de arte destinada a exposições e salas de aula para cursos da área artística e cultural.

Após ter passado por extensa reforma, que modernizou suas instalações, a Casa adquiriu, a partir de 2016, nova identidade visual, com dois teatros completamente modernizados, três cinemas, um grande salão para eventos, de frente para o mar, salas multiuso, galeria de arte e bistrô, sempre oferecendo uma programação variada e de qualidade. Inclusive para a meninada: todos os fins de semana há pelo menos um espetáculo destinado aos pequenos.

Como chegar na Casa de Cultura Laura Alvim?

Endereço: Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema, Rio de Janeiro-RJ

Metrô: General Osório

Escola de Artes Visuais do Parque Lage

Existem muitos motivos para visitar o Parque Lage, 52 hectares de espaço público no Jardim Botânico, com vegetação exuberante, à sombra do morro do Corcovado. Mas o melhor talvez seja conhecer o palacete ocupado pela Escola de Artes Visuais (EAV).

Referência no ensino das Artes, fundada pelo artista plástico Rubens Gerchman em 1975, a EAV ocupa a mansão que foi residência do armador Henrique Lage, um prédio em estilo eclético tombado pelo IPHAN cercado por exuberante Mata Atlântica e alamedas convidativas.

O imóvel foi dado de presente a sua esposa, a cantora lírica italiana, Gabriella Besanzoni, que ali organizava grandes festas para a sociedade carioca, entretendo-os com sua música, cantando no pátio central do edifício – cujo destaque é uma piscina, onde, nos anos 1980, a banda de pop-rock Kid Abelha gravou um videoclipe para a música “Como Eu Quero” – ou em um de seus salões.

Voltada para o ensino de arte contemporânea de forma abrangente, a escola oferece aulas que misturam várias vertentes da arte com música, teatro, dança, cinema, vídeo, fotografia e novas tecnologias.

Por conta dessa diversidade, a EAV sempre abrigou iniciativas ousadas e estimulou o pensamento artístico. Nos anos 1970/1980, era um centro de resistência à ditadura, realizando encontros de poesia marginal, exposições de fotografia, exibição de filmes censurados, montagens teatrais, e shows de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Milton Nascimento. Sediou, ainda,  a primeira publicação gay do Rio de Janeiro,o  “Lampião”, editada pelo hoje autor de telenovelas, Aguinaldo SIlva.

Atualmente, a EAV oferece ao público mostras gratuitas na mansão principal também no espaço das Cavalariças, onde são expostos os trabalhos realizados na escola.

E os visitantes têm a seu dispor o Plage Café, aberto para cafés da manhã, almoços e lanches.

Outro atrativo do Parque Lage: periodicamente recebe a feira da Junta Local, com uma variedade de produtos locais.

Como chegar na EAV Parque Lage?

Endereço: Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico-Rio de Janeiro-RJ

Metrô: Integração Gávea.

Niterói

Museu do Ingá

Dedicado à história política e artística fluminense, o Museu do Ingá – ou simplesmente Ingá, como é carinhosamente chamado por seus frequentadores – ocupa o prédio do Palácio Nilo Peçanha, no bairro do Ingá, em Niterói, que foi sede do governo do Estado do Rio de Janeiro de 1904 a 1975. O museu atua como centro de estudo, de preservação e de divulgação da memória política e artística do antigo Estado do Rio de Janeiro e de então sua capital, a cidade de Niterói.

O acervo do Museu do Ingá conta com mais de quatro mil itens, distribuídos em diferentes coleções, entre as quais a Coleção Palácio do Ingá, com mobiliário, porcelana, cristais, numismática, documentos, fotografias, esculturas e pinturas da antiga sede do governo fluminense.

Inclui, ainda, a Coleção de Arte Popular, oriunda do antigo Museu de Artes e Tradições Populares; a Coleção Lucílio de Albuquerque, com obras deste importante artista plástico brasileiro; a Coleção Ernani do Amaral Peixoto, com itens do antigo interventor e governador do Estado do Rio; e a Coleção Banerj, uma das maiores coleções públicas de arte moderna do Brasil, com obras de artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Cícero Dias e Emeric Mercier.

Nos fins de semana, o Ingá recebe fica aberto para piqueniques e oferece atividades variadas, como encontros multissensoriais para crianças e suas famílias.

Como chegar no Museu do Ingá?

Endereço: R. Pres. Pedreira, 78 – Ingá, Niterói-RJ

Zona Norte

Teatro Armando Gonzaga

Situado no bairro de Marechal Hermes, Zona Norte do Rio, o teatro foi inaugurado em abril de 1954 pelo então prefeito da cidade, na época ainda Distrito Federal, Dulcídio do Espírito Santo Cardoso.

Seu nome é uma homenagem ao jornalista e dramaturgo Armando Gonzaga, célebre autor de comédias de costumes na primeira metade do século XX, no Rio de Janeiro, que participou da chamada ‘Geração Trianon’, ao lado de Viriato Corrêa, Gastão Tojeiro e Oduvaldo Vianna.

A obra de Gonzaga, na maioria comédias leves, tinha como temática conflitos familiares, costumes cotidianos e situações envolvendo personagens tipicamente cariocas.

O prédio tem projeto arquitetônico de Affonso Eduardo Reidy, jardins de Burle Marx e painéis laterais de Paulo Werneck. O tombamento do teatro foi realizado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (INEPAC), em 1989.

Hoje oferece diversos espetáculos e desempenha função bastante ativa em fomentar expressões artísticas da comunidade, oferecendo cursos de teatro, dança e vídeo.

Como chegar no Teatro Armando Gonzaga?

Endereço: Av. Gen. Osvaldo Cordeiro de Farias, 511 – Mal. Hermes, Rio de Janeiro-RJ

Sete motivos para visitar o Parque Lage

Postado por SECEC-RJ em 29/Maio/2019 - Sem Comentários

Muito procurado por turistas e moradores locais, especialmente nos finais de semana, o Parque Lage é ideal para passeio em família, caminhada a dois, encontro com amigos e diversão para as crianças, com brinquedos e extensa área ao ar livre.

O local está aos pés do Morro do Corcovado, no bairro Jardim Botânico, com área de 52 hectares em meio ao Parque Nacional da Tijuca. São cerca de 625 mil metros quadrados de Mata Atlântica, cuja parte florestal é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade.

Originário de um antigo engenho de açúcar, da época do Brasil Colonial, o Parque faz parte da história da cidade. Inicialmente inspirado no romantismo dos parques ingleses, após a aquisição de Henrique Lage, o parque foi remodelado e projetado pelo arquiteto Mario Vodret, para transmitir a magia dos palacetes italianos.

Em 1957, foi tombado pelo IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como Patrimônio Histórico e Cultural do Rio de Janeiro. Hoje, o Parque Lage se destaca pela sua estrutura, belíssimos jardins, palmeiras imperiais, chafarizes, lagos, grutas, ilhas artificiais, cavernas e até mesmo aquários com diversos peixes.

Confira abaixo 7 bons motivos para visitar o Parque Lage:

Cartão Postal Carioca

O pátio interno do palacete do Parque Lage tem uma vista privilegiada, emoldurada pelo Corcovado e Cristo Redentor, sendo um dos cartões postais que destacam a cidade maravilhosa pelo mundo afora.

Palacete-do-Parque-Lage-vista-para-o-Corcovado-e-Cristo-Redentor

Atividades ao Ar Livre

Além da classe do conjunto arquitetônico junto a Natureza, o parque também conta com trilhas para caminhadas ecológicas, pequenas quedas d’água, um lago conhecido como “Lago dos Patos”, além de um aquário em argamassa, que imita pedras e troncos de árvores e abriga diversas espécies de peixes.

Trilha-Parque-Nacional-da-Tijuca

Pontos Históricos

Outro ponto simbólico que merece ser visitado é a Cavalariça, um conjunto de casas rosadas onde se recolhiam os cavalos na época colonial, quando o parque ainda era uma residência. Lembranças de quando o transporte equestre era predominante na vida das pessoas.

Cavalariça-Parque-Lage

Delicioso Café da Manhã

Deseja experimentar um delicioso café da manhã, num lugar tranquilo, bonito e agradável, rodeado por verde e em meio à metrópole carioca? O Bistrô Plage é a escolha perfeita. Cafeteria localizada no pátio central do palacete, à beira da piscina, serve café da manhã, almoço e brunch.

Cafeteria-Bistrô-Lage

Piquenique no Recanto dos Namorados

Há também áreas próprias para piquenique, como o “Recanto dos Namorados”, com mesas, bancos e um belo gramado. O espaço pode ser ocupado pelos visitantes, sob algumas orientações para conservação. Programa ideal para um encontro a dois, com a família ou com amigos. A experiência é única e muito agradável.

Recanto-dos-Namorados

Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV)

O palacete ainda abriga a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, que oferece formação gratuita à artistas e profissionais do campo da arte contemporânea, cursos de capacitação, além de uma vasta programação de expositores, seminários, palestras e mostras de vídeos.

Exposição-EAV-Parque-Lage

Visitas Guiadas Personalizadas

E para finalizar, a EAV Parque Lage promove visitas guiadas que podem ser direcionadas de acordo com o desejo do visitante. A caminhada percorre os jardins do parque, a antiga mansão da família Lage, e é uma aula sobre a história do local. As visitas guiadas duram em torno de 1 hora, e acontecem de terças às sextas (14h) e aos sábados (12h30), podendo ser agendadas através do e-mail: visitaguiada.eavparquelage@gmail.com ou telefone (21) 2334-4088.

Visita-Guiada-Parque-Lage

A EAV do Parque Lage, ainda, disponibiliza seus espaços para eventos corporativos, casamentos, lançamentos, desfiles de moda e gravações mediante o pagamento de locação para a Associação de Amigos da Escola de Artes Visuais (AMEAV), cujos recursos são revertidos para a programação e a manutenção da Escola.

Para a realização de um evento no Parque Lage, é preciso enviar um e-mail para o endereço: eventos.eavparquelage@gmail.com, com a data prevista do evento, sua duração, o cronograma de montagem e desmontagem, o público esperado, a equipe envolvida, toda a infraestrutura necessária, entre outros detalhes relevantes para a realização do mesmo.

O Parque Lage abre suas portas para eventos durante o ano todo. Em muitos finais de semana, o local atravessa a madrugada com festas e festivais, principalmente de arte e música, patrocinados por iniciativas públicas e privadas.

Informações Úteis:

Endereço: Rua Jardim Botânico, 414, Rio de Janeiro- RJ.

Telefone: (21) 2334-4088.

Entrada: Gratuita.

Funcionamento: Aberto todos os dias, de 08h às 17h.

Site: www.eavparquelage.rj.gov.br