Postado por SECEC-RJ em 31/mar/2021 -
Vitor Corrêa, subsecretário de Planejamento e Gestão da SECEC, faz balanço da execução da Lei Aldir Blanc e de outros projetos do órgão
– Que balanço o senhor faz da execução da Lei Aldir Blanc no Estado do Rio?
– A execução da Lei Aldir Blanc no Rio de Janeiro foi realizada seguindo critérios de total transparência e participação social, sem perder de vista a obtenção de resultados que impactassem positivamente a vida dos fazedores de cultura. Afinal, foi um dos setores mais prejudicados pela pandemia e precisava dessa verba emergencial. Por isso, ficamos muito satisfeitos com o recente balanço divulgado pela Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo, que coloca o Estado do Rio de Janeiro nas primeiras posições do Brasil, com 99,6% dos recursos executados. Foram aproximadamente R$ 105 milhões destinados a 2.340 projetos, abrangendo todos os segmentos da Cultura e 72 municípios fluminenses. Se levarmos em conta que cada projeto envolve um grupo entre 15 a 50 pessoas, podemos afirmar que o impacto foi muito significativo.
– Como a SECEC vem atuando para que os municípios também tenham bons resultados na aplicação da Lei Aldir Blanc?
– Os 92 municípios fluminenses também tiveram um excelente desempenho. Tanto que, em termos proporcionais, ficaram em terceiro lugar em todo o País com relação à execução dos recursos. Realizamos diversas reuniões e os técnicos da Secretaria ficaram à disposição para ajudar, desde as tratativas e entendimento sobre a aplicação dos recursos até a elaboração dos editais e a prestação de contas. Mas os municípios têm seus méritos pelos resultados. O intenso esforço de cada um dos gestores está valendo a pena!
– Em que medida a prorrogação dos prazos da Lei é importante?
– Para entender a Aldir, temos que avaliar sob o viés de quem produz cultura e do público também. Acreditamos que o melhor seria prorrogar a realização dos projetos culturais contemplados até o meio do ano, porque assim teríamos condições de um espaçamento maior entre a formidável oferta de atrações. Isso é importante principalmente devido ao agravamento da pandemia, que está obrigando as produções a adotarem mecanismos de produção online e não é interessante tantas lives e conteúdos digitais disponibilizados num intervalo curto de tempo. O Governo Federal já sinalizou que sairá decreto, em breve, propondo novo calendário, aí será possível adotar aqui também no Estado.
– Como outros projetos da SECEC podem ajudar a manter o setor cultural vivo nesse período difícil?
– Importante considerar que, em 2020, a Secretaria aplicou mais de R$ 190 milhões em favor da cultura fluminense, considerando os recursos da Lei Aldir Blanc (R$ 105 milhões), da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (R$ 81,5 milhões) e do Fundo Estadual de Cultura (R$ 3,7 milhões). E salvamos nossos convênios federais com a Ancine para implantação de complexos de audiovisual no interior, com mais de R$ 20 milhões. Em Cordeiro, as obras estão bem avançadas e os trabalhos vão começar, ainda este semestre, em São Fidélis, São Pedro D’Aldeia, Miracema e Bom Jardim. Nesse espírito, estamos cuidando agora também de outros dois convênios federais: Padec (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios) e Pontos de Cultura, ambos com saldo em conta. Será necessário regularizar as pendências administrativas, como prestação de contas, para que possamos propor o uso dos recursos, repactuando novos programas de trabalho.
– O que a Secretaria planeja lançar este semestre ainda?
– Estamos finalizando dois editais de fomento ao carnaval, que vão destinar R$ 4 milhões para este segmento tão importante para a cultura fluminense. Trabalhamos também em outros dois importantes projetos: o Passaporte Cultural, de acesso à cultura e formação de plateia, com sistema eletrônico para distribuição de ingressos/entradas a atrações financiadas pela Secretaria; e a Escola da Cultura, para ofertar oficinas e cursos para que todos os fazedores de cultura possam buscar financiamento para seus projetos.
– Como a atual gestão pode ser caracterizada?
– A atual gestão da Secretaria se pauta por três pilares. O primeiro deles é a necessidade sistemática de apresentar resultados que transformem a vida das pessoas. A execução da Lei Aldir Blanc é um exemplo disso e o esforço pela democratização da Lei de Incentivo, outro. Estamos preocupados com a entrega que estamos dando à sociedade, nosso dever diário. Outro princípio é o da transparência dos atos. Por isso, todas as ações, programas e políticas têm suas informações divulgadas no site, com elaboração prévia de instrumentos oficiais. O terceiro pilar é o da participação social. Temos nos pautado pelo diálogo frequente com os diversos setores da sociedade, como a Alerj, os fóruns de cultura, sindicatos e grupos organizados. Prova disso foi o esforço para realizar a eleição do Conselho Estadual de Políticas Culturais, mesmo em tempo de pandemia. A política implementada pela Secretaria é de aproximação e afeto junto aos fazedores de Cultura. Nossa preocupação é fazer com que as políticas públicas para a Cultura impactem a vida das pessoas.
Postado por SECEC-RJ em 27/mar/2021 -
Atividade procura conciliar atrações antigas com inovações para se adaptar aos novos tempos
O Dia do Circo, comemorado nacionalmente todo 27 de março, é uma homenagem ao palhaço Piolin. O nome artístico foi utilizado pelo paulista Abelardo Pinto (1897-1973), que dedicou a vida inteira aos picadeiros. A data foi escolhida por ser seu dia de nascimento e vem sendo marcada para valorizar todos os profissionais dessa atividade cultural.
Os primórdios da tradição circense remontam ao período da Antiguidade e formato parecido com o que conhecemos atualmente já existia no Império Romano. Tamanha tradição não impede que o circo venha se modificando e incorporando recursos modernos. Que o digam grupos que atuam no Rio de Janeiro.
Apesar das dificuldades enfrentadas por conta da pandemia, as companhias vêm lutando para manter sua coesão. A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa apoiou 17 grupos circenses no âmbito da Lei Aldir Blanc. Um dos beneficiados foi o Estoril, que apresenta espetáculo neste fim de semana em Magé, na Baixada Fluminense (Estrada do Contorno, na altura do km 41).
A companhia conta com um total de 62 pessoas, entre artistas e equipe de produção. As famílias que vivem dessa atividade encantadora passaram por dificuldades no ano passado, por conta do isolamento social e a proibição dos espetáculos, mas a ajuda apareceu por diversos caminhos, impedindo a descontinuidade de um trabalho de gerações.
Nivaldo Júnior, que comanda a trupe, herdou suas habilidades circenses da família portuguesa, que emigrou de Portugal para o Brasil no fim do século XIX. O Estoril já percorreu todos os estados brasileiros e até parte da América Latina, levando atrações tradicionais como palhaços, malabaristas e contorcionistas. No entanto, vem se destacando cada vez mais com números modernos, como os de ilusionismo.
“Fazemos aparecer um helicóptero. Pelo ilusionismo, um carro vira robô e até lançamos um homem-bala a 15 metros de altura. As crianças adoram mas na realidade os pais e avós vibram ainda mais”, conta Nivaldo Júnior.
A modernidade também tem sido buscada pelo Saltimbanco. Apesar de ser especializado em apresentações clássicas, o circo vem inovando para se adaptar à internet. Os números são gravados e exibidos em redes sociais ou transmitidos através de lives. Por conta do agravamento da Covid-19, suas próximas apresentações foram canceladas, tanto no Rio quanto em Niterói, mas o público pode acompanhar a trupe através do Facebook e Instagram, através do perfil @circoteatrosaltimbanco.
“A internet virou nosso picadeiro. Ainda estamos nos aperfeiçoando nas filmagens, transmissões e precisamos aumentar o número de seguidores. Mas é um caminho sem volta. Mesmo quando tudo estiver normalizado, essa tecnologia vai nos acompanhar para sempre”, afirma Jonathan Cericola, palhaço e diretor do Saltimbanco, que comanda trupe de oito artistas.
Como em muitos circos brasileiros, no Saltimbanco os artistas também assumem parte da produção. Além da versatilidade, a dedicação e o amor ao picadeiro fazem com que essa tradição nunca morra.
Postado por Gabriel Saboia em 24/mar/2021 -
Em virtude do agravamento da pandemia da Covid-19, A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj) prorrogou os prazos para apresentação do relatório de execução dos projetos da Lei Aldir Blanc (Lei n° 14.017/2020). Será permitido que os projetos culturais contemplados utilizem o prazo de 30 dias, destinado a comprovação da execução, para realização da proposta. Deste modo, os projetos contam com até 120 dias, a partir do recebimento do recurso, para a entrega do relatório de execução do projeto.
A Sececrj informa ainda que está em tratativas com a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para solicitar extensão dos prazos para prestação de contas junto ao Governo Federal dos recursos da Lei Federal nº 14.017/2020 (Lei Aldir Blanc).
A ação visa estender os efeitos da decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), que prorrogou o prazo para apresentação de Relatório de Gestão Final da LAB até 27 de dezembro de 2021, após ação impetrada pelo Governo do Estado do Ceará. A Secretaria também está na expectativa da Secretaria Especial de Cultura, vinculada ao Ministério do Turismo, que informou, ontem (22), que já conta com “minuta de consenso para prorrogação do prazo de Prestação de Contas/Lei Aldir Blanc” para publicação de decreto nos “próximos dias”.
– Nós estamos tomando todas as medidas que amparem o fazedor de cultura do Estado. Inclusive nós já temos um novo calendário de execução e comprovação pronto, aguardando apenas a decisão do STF. Em virtude do agravamento da pandemia, onde muitos projetos culturais que estavam agendados não poderão ser realizados e visando a preservação da vida e cuidado com os nossos artistas, entramos com esta medida para não prejudicar a arte fluminense, que foi tão importante para todos neste período de isolamento social. A Lei Aldir Blanc é uma vitória do setor cultural e os artistas precisam de tempo para produzir sua arte – afirmou a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros.
MÓDULO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS LIBERADO
Os proponentes que já realizaram seu projeto cultural e estão na fase de prestação de contas já podem fazer a realização da comprovação. A Secretaria preparou um módulo específico no Desenvolve Cultura para a apresentação do Relatório de Execução do Projeto dividido em duas partes: comprovação do objeto e comprovação financeira do projeto contemplado.
O módulo é válido para os editais Retomada Cultural, Fomenta Festival, Juntos Pelo Circo e Cultura Viva. Para comprovação de execução do edital Passaporte Cultural, basta o preenchimento do Relatório de Execução do projeto (Anexo 6). Já a chamada pública Cultura Presente RJ a prestação é através do preenchimento do Relatório de Execução de Contrapartida (Anexo 5).
A Secretaria preparou ainda um guia para auxiliar os proponentes na fase de comprovação de execução de projetos. Para acessar basta clicar aqui.
DESENVOLVE CULTURA SERÁ READEQUADO
Em virtude da prorrogação dos prazos, a Secretaria de Estado de Cultura informa que o Sistema Desenvolve Cultura, criado pela equipe de Tecnologia de Informação da Sececrj para inscrição de projetos culturais, passará a contar com parceria do Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj) e poderá apresentar instabilidade para aperfeiçoamento de segurança e melhorias no sistema. A manutenção do Desenvolve Cultura será realizada durante o feriado decretado pelo governador em exercício, Claudio Castro, e poderá apresentar instabilidade.
LEI ALDIR BLANC NO ESTADO
A Lei Aldir Blanc destinou R$ 3 bilhões para o setor cultural brasileiro. Para o Estado do Rio o montante repassado foi de pouco mais de R$ 104 milhões, divididos entre pagamento de renda emergencial para 1699 fazedores de cultura no valor de R$ 3 mil e ainda os seis editais de premiação para 2400 projetos culturais destinados a circos, pontos de cultura, além instrumentos de fomento para companhias, espaços artísticos e grupos culturais.
Postado por SECEC-RJ em 24/mar/2021 -
Adenilson Honorato é responsável por assessoramento de Relações Intermunicipais da Secretaria e auxilia municípios fluminenses na adoção de políticas públicas voltadas para a Cultura
– Como a Assessoria de Relações Intermunicipais vem contribuindo para o avanço das políticas públicas culturais no Estado do Rio?
– Temos justamente esse desafio de levar aos municípios fluminenses a presença das políticas públicas voltadas para a Cultura, de forma mais democrática e descentralizada. A missão dada pela secretária Danielle Barros é para aproximarmos esses gestores municipais da Secretaria para podermos entregar realizações e benefícios para quem está na ponta. Ou seja: os fazedores de cultura, artistas e em geral quem trabalha nessa cadeia produtiva nos municípios. Um ativo que as cidades precisam ter conhecimento é o uso da Lei de Incentivo à Cultura do Estado, bem como a utilização do fomento através dos Fundos. Além disso, precisamos auxiliar os municípios com relação à formação de conselhos municipais e no planejamento de ações integradas com a iniciativa privada. Para isso, contamos também com o auxílio das superintendências vinculadas à Secretaria.
– Há muito tempo se fala da concentração de equipamentos e projetos na capital. Como é possível fazer com os demais municípios também tenham a devida expressividade cultural?
– Todos os municípios têm sua riqueza cultural. O que falta é a devida valorização. Um exemplo de como podemos reverter esse quadro é com a Lei de Incentivo à Cultura. Assumimos o desafio de democratizar o acesso aos recursos da cultura e já avançamos bastante. Em pouco mais de um ano aumentamos em 40% o montando investido. Isso foi possível graças à criação de editais democráticos e regionalizados, além de amplo diálogo com os gestores municipais. Outro desafio é que a cultura, sobretudo do Interior, passa muito pela preservação do seu patrimônio. Também estamos assessorando os municípios na questão do Padec (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios) em que há pendências na prestação de contas, além da colaboração na execução da Lei Aldir Blanc nas cidades.
– Como é possível ajudar também os munícipios no acesso aos programas federais?
– Não há como executar os programas sem um mapeamento do potencial e da vocação de cada município e da adequação de cada um para receber verbas para os projetos. Procuramos fazer isso de forma conjunta com as cidades. Assim levamos várias iniciativas para o Interior. Assim estamos criando uma via de mão dupla. Temos recebido secretários na nossa Sede, na Biblioteca Parque Estadual, mas também temos ido na ponta, conhecendo a realidade local, assim estamos construindo ideias e pensando no que pode render de frutos para o setor. É lógico que sem os recursos as coisas não vão para frente, mas não é só questão de dinheiro. Temos que ter o diagnóstico certo e moldar o projeto de acordo com cada programa.
– Como a cultura pode fomentar o turismo e a economia local?
– Não tem como falar de turismo sem se falar em cultura. Quando há um bem preservado, um patrimônio, uma história cultural da região há interesse turístico. A cultura gera emprego e renda para os municípios. Por isso, é tão importante se valorizar as atividades culturais locais, a gastronomia de cada lugar, suas memórias, seu patrimônio histórico porque são esses aspectos que atraem visitantes e dão autoestima aos moradores.
Postado por SECEC-RJ em 22/mar/2021 -
INFORME DE RENDIMENTOS
A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj) disponibiliza para os contemplados dos editais #CulturaPresenteNasRedes e #CulturaPresenteRJ, da Lei Aldir Blanc, o Informe de Rendimentos para Pessoa Física (IRFP) do exercício de 2020, referente aos recursos recebidos dos editais e retidos na fonte.
O acesso ao IRFP será através da plataforma Desenvolve Cultura. Para receber o informe, o contemplado deve preencher o campo CPF e o e-mail usado para cadastro da proposta cultural. Um e-mail de segurança será enviado para a sua caixa de entrada e em seguida o documento será liberado no corpo do e-mail recebido.
Para acessar o Sistema Desenvolve Cultura e fazer a consulta ao seu IRFP clique aqui.
*O Informe de Rendimento do exercício de 2020 só está disponível para projetos pagos no ano passado. Projetos pagos em 2021 terão o seu rendimento informado no próximo exercício.
O envio do e-mail pode levar alguns instantes. Pedimos que verifiquem suas caixas de lixo eletrônico (spam)
Envie um e-mail para suportedesenvolvecultura@cultura.rj.gov.br caso não receba o informe ou dê como e-mail não encontrado.
Para os profissionais da cultura contemplados com o recebimento da Renda Emergencial da Cultura, que somada com outras rendas, como salários, que somaram (sem contar o auxílio) mais de R$ 22.847,76 em 2020 e precisam declarar o recebimento do auxílio, segue abaixo os dados do Fundo Estadual de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Fundo estadual de cultura – CNPJ – 28.542.993/0001-42.
Postado por SECEC-RJ em 18/mar/2021 -
Centro Cultural João Nogueira, no Méier, abre as portas para presença restrita de espectadores, respeitando protocolo de segurança
O Imperator – Centro Cultural João Nogueira, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, iniciou a realização de ativações culturais com público, com atrações da Lei Aldir Blanc. O equipamento retomou as ações culturais respeitando regras de prevenção contra a Covid-19. Os espectadores poderão assistir já neste sábado (20) e domingo (21) à comédia “Lavou Tá Novo?”, às 15h. O ingresso é um quilo de alimento não perecível. A peça é estrelada por Luciana Malcher e Joe Ribeiro.
A capacidade do teatro do Centro Cultural, que é vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, é de 1300 lugares, mas só estão sendo liberadas entre 150 a 200 cadeiras para o público presencial. Por medida de segurança, a direção do lugar está mantendo o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas e até algumas fileiras inteiras foram interditadas.
Para evitar risco de contaminação, o distanciamento é obrigatório desde a fila de entrada. O público tem a temperatura medida na porta do teatro e precisa higienizar as mãos com álcool em gel e passar por túnel de higienização. O uso de máscaras é obrigatório. Há orientação na entrada e na saída para que se evite aglomerações.
Os cuidados são ainda mais rigorosos com relação aos artistas e à equipe de produção, que são testados antes dos espetáculos. Os funcionários do centro cultural também seguem protocolos rígidos e quem tem contato com o público precisa usar equipamentos de proteção.
A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, comemora a retomada com público para ações da Aldir Blanc no Imperator. “O Imperator cumpriu na pandemia um importante papel social de ser um ponto de apoio ao gabinete humanitário para os fazedores de cultura, com doação de alimentos, livros, cestas básicas e produtos de higiene. Também foi usado para realização de eventos com transmissões online. Agora é mais um passo na retomada das ações no Centro Cultural, neste momento com ações da Aldir Blanc, seguindo rígidos protocolos de segurança, garantindo o sustento de artistas e toda cadeia produtiva da cultura, gerando emprego, renda e oportunidade para as pessoas, conciliando arte e segurança para os que trabalham e o público”, reforçou.
Quem também está vibrando com a volta do público são comerciantes e ambulantes que trabalham na galeria que dá acesso ao centro cultural. Carlos Alberto Seixas, dono da tabacaria Altaluc’s, diz que pelo menos 10% do público que para e olha sua vitrine acaba comprando algum produto na loja. “Agora com a proximidade do Dia das Mães, com certeza as vendas vão melhorar. Tenho um público fiel do bairro e dos arredores, mas preciso dessa movimentação do teatro para manter a loja”, conta o comerciante que trabalha com a filha e a esposa.
O pipoqueiro Francisco Carlito Alves também ficou feliz com a reativação. “Em dia de show, o público chegava a formar fila para comprar pipoca. Ainda vai demorar para tudo voltar ao normal, mas já fico aliviado com a volta das peças de teatro”, diz Carlito.
Nas próximas semanas, estão previstas várias apresentações. O centro cultural recebe o show “A Voz do Dono”, com o cantor Pedro Lima nos dias 24 e 25, com o patrocínio da Lei Aldir Blanc, através de edital lançada pela SECEC. O convite à risada volta com a comédia musical “Favela”, nos dias 27 e 28. Nos dias 02, 03 e 04 de abril haverá apresentações de outra comédia: “Pão Com Ovo”, outra realização viabilizada por edital da SECEC. A temporada se encerra com o musical “Rapsódia”, nos dias 09, 10 e 11, mais um espetáculo financiado com recursos da Lei Aldir Blanc.
Postado por SECEC-RJ em 17/mar/2021 -
Cesar Miranda Ribeiro, jornalista e radialista com mais de 35 anos de experiência na TV Globo, anuncia projetos para o Museu da Imagem e do Som do Rio, que ganhará novas plataformas e ferramentas de acesso para o público e artistas
– Quais são suas prioridades à frente do MIS?
– Nossa maior prioridade é a finalização das obras da nova sede em Copacabana. A meta é entregarmos ainda no governo Cláudio Castro esse equipamento. Esperamos que a licitação para a escolha da empresa que vai finalizar a obra seja realizada ainda neste semestre. Faltam apenas 30% dessas obras físicas e esperamos retomar em breve esses trabalhos. O conteúdo já está em grande parte pronto aqui no MIS. Esse investimento é muito importante para o Rio não só porque vai abrigar um acervo fantástico, mas também para o turismo. Vai projetar ainda mais a cidade para o mundo.
– Já há um modelo definido com relação ao conteúdo das exposições?
– A exposição raiz será a da Carmen Miranda. A composição vem basicamente do acervo do Museu Carmen Miranda, que está guardado. Mas a interatividade e a tecnologia serão fatores preponderantes. A ideia é que as exposições se renovem constantemente e o próprio acervo do MIS já fornece base para mostras temporárias de todo tipo. Há aqui 300 mil itens e esse número cresce a cada ano entre 10% e 35%.
– Há novidades também para as instalações mais antigas do MIS?
– Certamente. Também é uma prioridade a restauração do prédio da Praça XV, feito para a exposição do Centenário da Independência em 1922. Um dos planos é revitalizar o cinema. Em setembro de 2022, vai completar 100 anos da primeira transmissão radiofônica no país. Ela infelizmente não foi gravada, mas é um marco histórico. Nossa ideia é promover eventos que lembrem esse fato, que ocorreu naquele complexo de prédios construídos para a exposição, e por isso recuperar esse patrimônio é tão importante. Só dois prédios daquela exposição continuam em pé.
– O MIS recebeu recentemente a doação do acervo pessoal do José Wilker. Como está sendo tratado esse material?
– Tivemos que disponibilizar uma sala só para ele no prédio. São 8 mil itens, entre livros, DVDs, LPs, etc. Ele era um apaixonado pelas artes, um estudioso. Estamos catalogando tudo e ao final a família, que fez a doação, será ouvida. O que não for considerado de interesse público será devolvido, mas muita coisa ficará disponível para consulta do público. O que mais me entristece é ver um acervo guardado e não mostrado. Quero fazer uma gestão democrática. Se não houver impedimento jurídico, os acervos devem ser acessados por todos os brasileiros que tiverem interesse. Esse processo tende a ser facilitado a partir da criação do Selo de Certificação MIS, que permitirá uma vistoria prévia às coleções e facilitará as doações. É um projeto que estamos desenvolvendo.
– O MIS tem dado uma contribuição importante para a memória nacional através do programa Depoimento para Posteridade. Como ele será tratado a partir de agora?
– Estou introduzindo uma ferramenta online, que vai permitir que todo o território nacional participe. Antes era muito restrito samba e choro e vamos dar espaço para todos os gêneros, como o sertanejo, por exemplo. As portas estarão abertas a tudo que tem brasilidade. Isso permite democratizar os depoimentos, também dando espaço para pessoas mais jovens. Pessoas que queiram dar depoimento podem nos procurar.
– Que outras novidades a população pode esperar do MIS?
– Uma novidade importante será a criação da Web Rádio do MIS, que será lançada no início de abril, com uma programação diária de 24 horas. Terá trechos de depoimentos de figuras históricas e muita música também. Os ouvintes poderão pedir músicas também. Por outro lado, estamos fazendo uma parceria com a rádio Roquette Pinto para termos nosso programa nessa importante emissora do estado. Deve se chamar Frequência MIS. Outro projeto que estamos montando é do dos Festivais de Música Popular do estado, com eliminatórias virtuais. Através de uma cooperação com o Theatro Municipal, faríamos a final lá. Outra proposta é integrar o MIS com as prefeituras e secretarias de cultura dos 92 municípios fluminenses, através Canal MIS Itinerante. Ou seja, estamos buscando democratizar ao máximo o conteúdo do MIS para toda a população.
Postado por SECEC-RJ em 15/mar/2021 -
Estão abertas as inscrições para o Vamos.Rio, programa de aceleração e apoio para Organizações Não Governamentais (ONGs) e startups sociais. Os participantes vão receber mentoria e capacitação remota a fim de otimizar os resultados de seus projetos, que precisam ser voltados para a transformação através da cultura. Além do assessoramento, até 20 organizações serão premiadas com recursos que somam R$ 540 mil, para serem aplicados em suas ações.
A iniciativa é do Instituto Ekloos, em parceria com o Instituto BAT Brasil (ex-Instituto Souza Cruz), e conta com patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, via da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Os projetos premiados serão selecionados por uma banca examinadora, que fará uma avaliação durante o processo de aceleração.
“A experiência do Instituto Ekloos em fortalecer e capacitar ONGs e projetos sociais é mais que reconhecida. Iniciativas de todo estado poderão ser premiadas, melhorando a vida das pessoas, gerando novas oportunidades e renda”, afirma a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros.
A presidente do Instituto Ekloos, Andréa Gomides, explica que o programa foi lançado com o objetivo fomentar e fortalecer negócios de impacto social, organizações da sociedade civil e/ou grupos da economia criativa para que possam se desenvolver, estruturar seus processos de gestão e ampliar o seu impacto social para além da própria atividade:
“Neste momento em que os empreendedores sociais ainda estão sofrendo com a pandemia, o apoio por meio de mentorias e recursos financeiros é de extrema importância para o desenvolvimento de novas iniciativas e para a implantação de inovações em projetos já existentes, contribuindo para a redução da desigualdade social”, destaca Andréa Gomides.
A abertura do edital coincide com a mudança de nome do então Instituto Souza Cruz, que há mais de 20 anos fomenta o empreendedorismo jovem e agora passa a se chamar Instituto BAT Brasil.
“Estamos muito felizes por lançar nossa nova marca junto ao Vamos.Rio, pois o programa reflete o DNA do Instituto BAT Brasil e a nossa missão, que é contribuir para a redução das desigualdades sociais, quer sejam no campo ou na cidade. Por meio do projeto, fomentaremos novos negócios culturais, que contribuirão para a geração de renda e a recuperação socioeconômica do Estado do Rio de Janeiro”, declara Delcio Sandi, presidente do Instituto BAT Brasil.
No Brasil, país que está em 7º lugar no ranking global de desigualdade social, é cada vez mais importante a atuação da sociedade civil para contribuir com a mudança social. Por outro lado, o país também carece de investimento social e 57% das startups de impacto, cujo objetivo principal é solucionar problemas sociais, encontram-se em estágios iniciais (Fonte: pipe.social 2019). O Vamos.Rio pretende impulsionar estas iniciativas, tanto com apoio na gestão, quanto com recursos financeiros. As inscrições podem ser feita pelo link até 12 de abril.
Postado por SECEC-RJ em 10/mar/2021 -
Danielle Barros, secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio, fala sobre a participação feminina no setor e faz um balanço da sua gestão, abordando iniciativas como o Cultura Presente Nas Redes e os editais da Lei Aldir Blanc.
– Estamos na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. Que avaliação a senhora faz das conquistas e avanços das mulheres no campo da Cultura?
– As mulheres já vêm se inserindo no campo da cultura e da economia criativa há muitos anos, mas essa trajetória não é tão fácil. Como em outros setores da sociedade ainda há preconceitos e barreiras a serem superadas. Temos um grande protagonismo feminino no mundo das artes, o que é ótimo, mas embora o universo da produção cultural seja amplo, nem sempre há igualdade de oportunidades, principalmente nos postos de direção. O que nós preconizamos na Secretaria de Cultura do Estado é uma participação ativa das mulheres nas atividades culturais e com equidade.
– No ano passado a SECEC lançou o edital Cultura Presente Nas Redes, que teve 1.500 contemplados, dos quais 663 (44,2%) eram mulheres. Qual avaliação a senhora faz desse número?
– Creio que esse dado mostra o enorme avanço alcançado pelas mulheres no mercado da Cultura e aponta para quase um equilíbrio entre proponentes homens e mulheres. Numa outra oportunidade esse percentual pode se inverter, com uma maior presença feminina. A força da mulher está presente gerando emprego, renda, melhorando a autoestima das pessoas e contribuindo com a sua sensibilidade para as atividades criativas fluminenses. Vamos procurar estimular sempre a participação feminina porque apostamos nessa harmonia.
– Que balanço a senhora faz da aplicação da Lei Aldir Blanc no estado?
– Conseguimos executar quase a totalidade dos recursos previstos, que foram pouco mais de R$ 100 milhões. Foi uma ajuda emergencial para os fazedores de cultura, que ficaram impossibilitados de arrecadar com ingressos por conta das restrições contra aglomerações. O setor cultural foi um dos mais afetados pelas restrições e conseguimos levar esse alento para os artistas, técnicos e produtores e para o público, que pôde matar a saudade dessas produções.
– Que rumos a cultura vem tomando no estado?
– A SECEC vem estimulando a democratização do acesso à cultura por entender que é um direito de todos ter sua tradição local valorizada e por assistir às produções que são feitas para o grande público. A cultura estimula a atividade econômica, pois envolve uma cadeia extensa de profissionais de todas as especialidades. Temos por premissa esse compromisso com a descentralização de recursos e projetos e creio que essa visão política, muito defendida pelo governador Cláudio Castro, já está trazendo frutos.
– O Rio de Janeiro já se orgulhou de ser capital cultural brasileira. Quando voltará a ter esse título?
– O Rio tem uma riqueza cultural invejável e cabe ao poder público implementar as políticas corretas para que haja um renascimento do setor. Mesmo com a crise econômica e com as restrições da pandemia, estamos este mês reabrindo importantes equipamentos culturais, como a Casa França-Brasil, a Biblioteca Parque e retomando as exposições no Parque Lage. Tenho certeza de que depois dessa fase, veremos a vida cultural fervilhando não só na capital como em todo o estado.
Postado por SECEC-RJ em 08/mar/2021 -
A Biblioteca Parque Estadual (BPE), no Centro do Rio de Janeiro, iniciou nesta segunda-feira (08/03) a reabertura ao público com entrada controlada. Os visitantes que quiserem consultar o acervo de mais de 100 mil livros, as quatro exposições montadas no espaço do equipamento cultural, bem como demais instalações, precisam fazer agendamento online através da plataforma Sympla. O acesso continua gratuito, mas só será permitida a entrada de quem tiver o ingresso impresso ou eletrônico.
É obrigatório o uso de máscara dentro da BPE, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. O acesso também passa a ser controlado por meio do uso de medidores de temperatura e de álcool em gel na entrada. O funcionamento da biblioteca fica limitado ao horário das 10h às 16h e os visitantes só poderão permanecer duas horas dentro do equipamento. Havendo disponibilidade, o visitante poder obter o ingresso em terminal eletrônico montado na entrada.
“Temos uma demanda enorme de professores, pesquisadores e estudantes pela consulta aos livros e por isso estamos encarando o desafio de abrir a Biblioteca Parque, mesmo com toda a necessidade de prevenção. Por outro lado, será uma oportunidade para quem vem consultar o acervo ver exposições belíssimas”, ressalta a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros.
Além do acervo de livros, os visitantes terão acesso ao setor Sara CE (scanner leitor e digitalizador de imagens, voltado para leitores com dificuldade visual), Espaço Mundo (acesso a computadores para pesquisa) e Guanabarina (setor de obras raras).
Quatro exposições estão abertas na BPE. Entre elas, está “Sertão Rio – Saberes do Nordeste”, que foi montada em fevereiro, com recursos da Lei Aldir Blanc. Nela, estão contidas mais de cem obras de arte popular que retratam a cultura do povo nordestino. Ela estará aberta até 26 de março.
De impacto visual é o “Projeto Neon – Makeup e Fotografia”, do artista Auri Mota. Ele produz peças a partir da fotografia dos efeitos da maquiagem fluorescente sobre os corpos humanos. Seus trabalhos estarão expostos até 02 de abril, também através do patrocínio da Aldir Blanc.
Outra mostra que ocupará hall da biblioteca é “Brasileiro Sou: Memórias Ruianas”, fruto de uma parceria entre a SECEC e a Fundação Casa de Rui Barbosa. A exposição é composta de 15 painéis impressos em PVC de 0,80 x 110,00 cm e apresenta um panorama da vida de Rui Barbosa, maior jurista brasileiro.
Também está aberta ao público a exposição “Brazil Jeans”, composta por um conjunto de manequins, masculinos e femininos, vestidos com figurinos de jeans reciclados. As roupas levam uma série de aplicações, que remetem a um cenário futurista e ao mesmo tempo de reciclagem e preocupação com o meio ambiente. A instalação, que fica na BPE até 26 de março, também foi patrocinada pela Lei Aldir Blanc e marca a abertura Programação do MOVIRIO FESTIVAL #MÓVERÃO.
Biblioteca Parque Estadual
Endereço: Avenida Presidente Vargas, 1.261, Centro.
Horário: 10h às 16h
Agendamento pelo link: agendamento