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Mulheres marcam presença no campo cultural

Danielle Barros, secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, exalta participação feminina na arte e no entretenimento


Danielle Barros na Biblioteca Parque Estadual, no Centro do Rio. Crédito: Gui Maia

Danielle Barros, secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio, fala sobre a participação feminina no setor e faz um balanço da sua gestão, abordando iniciativas como o Cultura Presente Nas Redes e os editais da Lei Aldir Blanc.

–  Estamos na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. Que avaliação a senhora faz das conquistas e avanços das mulheres no campo da Cultura?

–  As mulheres já vêm se inserindo no campo da cultura e da economia criativa há muitos anos, mas essa trajetória não é tão fácil. Como em outros setores da sociedade ainda há preconceitos e barreiras a serem superadas. Temos um grande protagonismo feminino no mundo das artes, o que é ótimo, mas embora o universo da produção cultural seja amplo, nem sempre há igualdade de oportunidades, principalmente nos postos de direção. O que nós preconizamos na Secretaria de Cultura do Estado é uma participação ativa das mulheres nas atividades culturais e com equidade.

–  No ano passado a SECEC lançou o edital Cultura Presente Nas Redes, que teve 1.500 contemplados, dos quais 663 (44,2%) eram mulheres. Qual avaliação a senhora faz desse número?

–  Creio que esse dado mostra o enorme avanço alcançado pelas mulheres no mercado da Cultura e aponta para quase um equilíbrio entre proponentes homens e mulheres. Numa outra oportunidade esse percentual pode se inverter, com uma maior presença feminina. A força da mulher está presente gerando emprego, renda, melhorando a autoestima das pessoas e contribuindo com a sua sensibilidade para as atividades criativas fluminenses. Vamos procurar estimular sempre a participação feminina porque apostamos nessa harmonia.

–  Que balanço a senhora faz da aplicação da Lei Aldir Blanc no estado?

–  Conseguimos executar quase a totalidade dos recursos previstos, que foram pouco mais de R$ 100 milhões. Foi uma ajuda emergencial para os fazedores de cultura, que ficaram impossibilitados de arrecadar com ingressos por conta das restrições contra aglomerações. O setor cultural foi um dos mais afetados pelas restrições e conseguimos levar esse alento para os artistas, técnicos e produtores e para o público, que pôde matar a saudade dessas produções.

–  Que rumos a cultura vem tomando no estado?

–  A SECEC vem estimulando a democratização do acesso à cultura por entender que é um direito de todos ter sua tradição local valorizada e por assistir às produções que são feitas para o grande público. A cultura estimula a atividade econômica, pois envolve uma cadeia extensa de profissionais de todas as especialidades. Temos por premissa esse compromisso com a descentralização de recursos e projetos e creio que essa visão política, muito defendida pelo governador Cláudio Castro, já está trazendo frutos.

–  O Rio de Janeiro já se orgulhou de ser capital cultural brasileira. Quando voltará a ter esse título?

–  O Rio tem uma riqueza cultural invejável e cabe ao poder público implementar as políticas corretas para que haja um renascimento do setor. Mesmo com a crise econômica e com as restrições da pandemia, estamos este mês reabrindo importantes equipamentos culturais, como a Casa França-Brasil, a Biblioteca Parque e retomando as exposições no Parque Lage. Tenho certeza de que depois dessa fase, veremos a vida cultural fervilhando não só na capital como em todo o estado.