Em sua quarta edição, o Festival de Esculturas do Rio leva para a Casa França-Brasil uma grande instalação, com o título de “Torre de Babel”, que abriu para visitação pública a partir das 14h, do último sábado (08/06), com encerramento marcado para o próximo dia 27/06. Com curadoria e organização do produtor de artes visuais […]
Em sua quarta edição, o Festival de Esculturas do Rio leva para a Casa França-Brasil uma grande instalação, com o título de “Torre de Babel”, que abriu para visitação pública a partir das 14h, do último sábado (08/06), com encerramento marcado para o próximo dia 27/06.
Com curadoria e organização do produtor de artes visuais Paulo Branquinho, a “Torre de Babel” foi montada em conjunto por três artistas plásticos: o paulista Ângelo Milani, conhecido por utilizar materiais reaproveitados em grandes monumentos; e os cariocas Paulo Jorge Gonçalves – que trabalha com esculturas aéreas, que trazem o vigor das cores e interagem com a movimentação do ar, através da leveza dos tecidos utilizados em suas obras – e Otávio Avancini, que transforma árvores mortas em arte e foi carnavalesco da Escola de Samba Pimpolhos da Grande Rio.
A “Torre de Babel” é na realidade uma grande torre piramidal, erguida no centro do salão da Casa França-Brasil, formada pela junção de várias colunas de metal, com vistas a criar para o visitante um labirinto de sensações visuais e táteis, até porque, no espaço, está exposta uma variada coleção de objetos, pinturas, pequenas esculturas, material decorativo de carnaval, além de uma seleção de poemas escritos à mão e emoldurados em grandes quadros.
Impressiona saber que quase todos os produtos usados na instalação “Torre de Babel” foram criados por artistas frequentadores do Instituto Municipal Nise da Silveira (com os projetos Espaço Travessia, Museu de Imagem do Inconsciente, Bloco Carnavalesco Loucura Suburbana, Espaço Aberto Ao Tempo/Severiano dos Santos, Centro de Convivência e Cultura Trilhos do Engenho, e o Grêmio Nise da Silveira), do Polo Experimental da Colônia Juliano da Moreira com o Ateliê Gaia e do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba, em Niterói.
A Escola de Samba Mirim Pimpolhos da Grande Rio também participa da instalação pela cessão de material decorativo de carnaval.
Segundo detalha Branquinho, foi criada uma verdadeira “Torre de Babel”: “Os visitantes não estarão indo em uma exposição de esculturas e, sim, entrando na própria escultura”.
O Festival de Esculturas do Rio, em sua quarta edição, trouxe para o Rio de Janeiro exposições alternadas, com a inauguração do projeto na Casa França-Brasil, e logo em seguida, com as mostras no Museu Nacional de Belas Artes, Paço Imperial e Centro Cultural Correios.