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Superintendência de Artes dará apoio à estrutura de segmentos artísticos

Taydara Araújo, superintendente de artes da SECEC, vai ampliar oportunidades para todos os fazedores de cultura


Taydara Araújo assume setor da SECEC para ampliar oportunidades para fazedores das artes cênicas, circo, música, dança e artes visuais e promete diálogo e amparo a essas áreas.

– Como a Superintendência de Artes pode contribuir com a elaboração de políticas públicas e ações no âmbito da SECEC?

– A Superintendência tem muito a contribuir. Por isso, fiquei tão honrada pelo convite feito pela secretária Danielle Barros. É uma responsabilidade imensa, porque a cultura é muito importante na vida das pessoas. Ela transforma vidas e tem uma função social valiosíssima. A Superintendência de Artes lida com segmentos da cultura como artes cênicas, circo, música, dança e artes visuais, que estão sendo organizados de acordo com o que rege o Sistema Estadual de Cultura promovendo o diálogo com os fazedores de cultura para fortalecimento das políticas públicas já existentes e novas que possibilitem um estímulo permanente a esses segmentos.

-É possível contemplar esses segmentos com os orçamentos atuais?

-Sim. Já iniciamos um processo de estruturação que ajudará no encaminhamento das ações. O setor de dança, por exemplo, já está bem fortalecido com fóruns regionais formados, o que permite aos grupos terem mais acesso aos editais de fomento e outras oportunidades que se criam. Isso é bom para a cadeia da economia criativa. Também já temos incentivado a criação de planos setoriais e de conselhos. Quando estive na Assessoria de Relações Intermunicipais, constatei obviamente a grande concentração de equipamentos e de atividades culturais na capital, mas o mapeamento que fizemos mostrou também o enorme potencial da Baixada e do Interior, que também têm seus espaços, mesmo que apenas uma praça. Portanto, é preciso democratizar a cultura e fazer sempre mais com menos recursos.

-Com o fim do atendimento dos editais emergenciais da secretaria, como será o futuro do setor cultural?

-A retomada plena das atividades culturais ainda depende da aplicação da vacina. Muitos produtores estão se adaptando e se reinventando, mas grande parte das atividades culturais e da economia criativa necessita de público presencial. Estamos atentos às demandas do setor e prontos a ajudar no que for preciso, mantendo o Gabinete Humanitário da Cultura como apoio aos artistas. O próximo passo será o um edital de carnaval, para ajudar esse segmento da economia criativa e cultural. Além disso, reabrimos as inscrições de projetos incentivados da Lei de Incentivo Estadual, o que é também uma ferramenta de apoio à cultura.

-Como as políticas públicas podem contribuir para a democratização do acesso à cultura no estado?

-A atual gestão da Secretaria tem se pautado pela descentralização e democratização dos recursos e projetos e tem visto o Interior e a Baixada Fluminense, com carinho. O mapeamento que fizemos, e daremos continuidade, nos auxilia nas futuras políticas públicas. Através dele, percebemos que existem equipamentos e espaços culturais no Interior e que muitos produtores culturais desconhecem. É possível incrementar a cultura em todos os municípios sem onerar mais o poder público.

-A Superintendência terá um olhar especial para os grupos circenses?

Sim. Já avançamos ao lançarmos um edital específico para esse segmento, no âmbito da Lei Aldir Blanc. Mas é um setor que enfrenta algumas dificuldades estruturais, principalmente por conta da informalidade. Temos dado orientações para o registro de pelo menos um CNPJ para que possam ser beneficiados pelos editais. Vamos manter nosso apoio e contato com os circos, que realizam espetáculos belíssimos e que agregam muito às famílias.