O ator relembra a carreira na próxima edição do projeto
Em seis décadas de carreira, nosso depoente de agosto virou figura carimbada nas telas e nos palcos de todo o país. Foram dezenas de peças, novelas e filmes que consagraram Stênio Garcia como um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira.
No próximo dia 21 de agosto (quarta-feira), Stênio estará na sede da Praça XV para mais um Depoimentos para a Posteridade do MIS / Museu da Imagem do Som – equipamento da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, a partir das 14h. Na mesa de entrevistadores estarão as atrizes Bete Mendes e Letícia Sabatella e o ator Marcos Frota. A entrada é franca e nosso auditório possui 50 lugares. Então, recomendamos chegar cedo!
Nascido no Espirito Santo – mas criado no Rio – Stênio Garcia estreou profissionalmente em 1959, após alguns prêmios em palcos amadores e também após ter sido aluno do Conservatório Nacional de Teatro, estudando com ninguém menos que Maria Clara Machado. Sua carreira nas telas começa no cinema, em 1960, no filme “Vigilante rodoviário”, após dois anos em Portugal.
Com “As minas de prata”, de Ivani Ribeiro, e sob a direção de Walter Avacini, fez sua estreia na TV Excelsior em 1966. Já em 1970, foi agraciado com o Prêmio Molière de Melhor Ator por sua atuação na peça “As aventuras de Peer Gynt”, dirigida por Antunes Filho. Sua mudança para a TV Globo ocorreu em 1972, com a novela “Véu de noiva”, fazendo na sequência atuações em obras como “Gabriela” (1975), “Feijão maravilha” (1979), “Elas por elas” (1982), além do inesquecível bobo da corte Corcoran de “Que rei sou eu?” (1989).
Também coleciona na carreira diversas séries de televisão, com destaque para “Engraçadinha… seus amores e seus pecados” (1995) e “Hilda Furacão” (1998), além de sua dupla com Antônio Fagundes em “Carga Pesada”, exibida originalmente em 1979 e com continuação durante os anos 2000. Por sua atuação, Stênio recebeu o prêmio de Melhor Ator da Associação Paulista de Críticos de Arte em 1979. Os personagens Pedro (Fagundes) e Bino (Garcia) ficaram conhecidos em todo o país, levando a dupla de atores a figurar em diversos outros trabalhos, como o “O dono do mundo”(1991), “Corpo a corpo”(1994), e “O rei do gado” (1996).
Nos últimos anos atuou em novelas como “Caminho das Índias” (2009), “Salve Jorge” (2012) e “Deus salve o Rei” (2018). Também participou do quadro “Dança dos Famosos”, do Domingão do Faustão (2010). Em 2018 fez parte do elenco do longa “O Beijo do asfalto”, baseada na obra de Nelson Rodrigues e dirigida por Murilo Benício. Atualmente, está casado com a também atriz Marilene Saade.
Em 1966, o MIS-RJ, inaugurou o projeto Depoimentos para a Posteridade, inédito programa de história oral criado para preservar a memória de diversos setores da cultura nacional, tais como a música, a literatura, o cinema e as artes plásticas. Atualmente conta com um acervo de mais de mil depoimentos, com quatro mil horas de material, gravado em áudio e vídeo, de figuras notáveis, como Nelson Rodrigues, Tarsila do Amaral, Fernanda Montenegro, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Nelson Motta, Ary Fontoura, Antonio Fagundes, Nicete Bruno, Zezé Motta, Neguinho da Beija-Flor, Zeca Pagodinho, Paulo César Pinheiro, Daniel Filho, Geraldo Azevedo, Dori Caymmi, Zé da Velha, Riachão, Antonio Cicero, Ronaldo Bastos, Paulo Barros, Roberto Menescal, Cesar Villela, Joyce Moreno, entre outros. Vale lembrar que todas as gravações ficam à disposição do público, nas salas de consulta do MIS, 48 horas depois do término da entrevista.
Local: Museu da Imagem e do Som do RJ – Praça Luiz Souza Dantas, 01, Praça XV.
Tel: (21) 2332-9499
Data: 21 de Agosto de 2019 (quarta-feira)
Horário: 14h
Entrada franca
Censura: Livre
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