Somente em 2020 são mais de R$ 34 milhões em investimento no setor cultural do estado
A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio (Sececrj) chegou a 49 projetos com patrocínio via Lei Estadual de Incentivo à Cultura em 2020. Na última sexta-feira (23), mais cinco foram publicados no Diário Oficial do Estado. No total os projetos somam R$ 1.785.688,00 (sendo R$ 297.548,00 destinado ao Fundo Estadual de Cultura). Os projetos autorizados somam mais de R$ 34 milhões de investimento no setor em todo o estado do Rio neste ano.
Os cinco projetos aprovados serão realizados no espaço Oi Futuro: Sem Palavras, Meu pai é um homem pássaro, Meu filho apenas caminha um pouco lento, RetroProspectiva: da humanização à naturalização das tecnologias e Corpas Sonoras.
– A Cultura do estado do Rio tem recebido esse importante investimento neste momento de pandemia. São valores para manter o trabalho dos profissionais do setor e também para oferecer arte para a população. Seguimos trabalhando diariamente para que esses números cresçam a cada dia – disse Danielle Barros, secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio.
Nas últimas semanas, a Secerj iniciou, através da Comissão de Aprovação de Projetos (CAP), a análise dos projetos inscritos em 2020. Neste ano, o processo de apresentação para os benefícios da Lei Estadual de Incentivo à Cultura ganhou um novo formato. Não há mais edital, o processo está aberto de março a novembro. Outra novidade é o Sistema Desenvolve Cultura, que recebe as inscrições e abriga diversas informações para facilitar a busca por patrocínios via renúncia de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Sem Palavras
Pesquisa, criação dramatúrgica, montagem e temporada do espetáculo teatral Sem Palavras, uma coprodução da companhia brasileira de teatro e a gente se fala produções, texto e direção de Marcio Abreu. A previsão é que a temporada com 24 sessões aconteça entre fevereiro e abril de 2021 no Teatro do Centro Cultural Oi Futuro Flamengo.
Meu pai é um homem pássaro
O projeto tem como objetivo realizar a montagem e temporada do espetáculo Meu pai é um homem pássaro, visando estimular a aceitação da diferença através do afeto e estimular valores éticos universais como a esperança, a cooperação, o amor e a comunhão. Baseada no livro homônimo do premiado escritor inglês David Almond, esta fábula ocupa o território do fascínio humano pelas alturas. A encenação terá direção de Juliana Terra (do premiado “As Aventuras do Menino Iogue”). Um espetáculo rico em texturas, humor e poesia. Indicado para toda a família, a encenação pretende encantar através de seu imenso campo de afetos e camadas de entendimento.
Meu filho apenas caminha um pouco lento
Este projeto contempla a produção do espetáculo “Meu filho apenas caminha um pouco Mais lento”, do dramaturgo croata Ivor Martinić, com direção de Rodrigo Portella, que inclui montagem e temporada de 2 meses no teatro do Oi Futuro do Rio de Janeiro. O espetáculo é destinado a jovens e adultos de todas as classes sociais. O texto teatral “Meu filho apenas caminha um pouco mais lento”, premiado por onde passou e inédito no Brasil, trata de temas que explodem a partir da discussão sobre acessibilidade, preconceito e relações familiares.
RetroProspectiva: da humanização à naturalização das tecnologias
A exposição “RetroProspectiva: da humanização à naturalização dastecnologias – Diana Domingues” reconhece o papel pioneiro da artista e pesquisadora Diana Maria Gallicchio Domingues, no cenário internacional e nacional, por sua presença seminal na Arte Contemporânea na América Latina, em sua especial dedicação à Arte Mídia e à Arte, Ciência e Tecnologia. Esta exposição pretende o restauro digital e material de alguns dos seus principais trabalhos.
Corpas Sonoras
É uma roda de improviso musical entre artistas LTQIs – cantorxs, instrumentistxs ou compositorxs – que pretende construir um espaço acolhedor de criação e experimentação sonora, performance e visibilidade para pessoas de identidades lésbica, transfeminina, transmasculina, queer e não-binária. Ao final de cada sessão, uma roda de conversa entre público e artistas. Cada encontro gera também um material audiovisual de registro, e áudios a serem compartilhados em versão podcast.