Durante os dias 17 e 20 de setembro, o Pontão de Cultura Ubuntu: Valorizando Trajetórias, Preservando Memórias representou o Rio de Janeiro no Seminário Internacional Culturas Tradicionais e Populares e Justiça Climática: Diálogos Globais, Conhecimentos Locais. O encontro, realizado pelo Ministério da Cultura, começou em Brasília e seguiu para a Vila de São Jorge, Chapada dos Veadeiros (GO), dentro da programação do tradicional Encontro de Culturas Tradicionais da região.
O Pontão de Cultura Ubuntu conta com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. O projeto integra a política de fomento de fortalecimento dos Pontos e Pontões de Cultura fluminenses, que têm recebido investimentos estratégicos de editais como o Raízes e Saberes, voltado para dar visibilidade às trajetórias de mestres e mestras e fortalecer as redes culturais em todo território do Rio de Janeiro. A ação faz parte do plano de metas estabelecido dentro do edital Raízes e Saberes, com o objetivo de promover o intercâmbio cultural dos mestres e mestrAs do Rio de Janeiro.
“A cultura tradicional e popular é, antes de tudo, resistência e memória. É um saber vivo que dialoga com o presente e nos ensina caminhos para pensar o futuro diante das mudanças climáticas. E o nosso Rio de Janeiro se fez presente nesse espaço, com mestres e mestras que carregam trajetórias de luta, ancestralidade e criação coletiva”, destacou Danielle Barros, secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.
O edital Raízes e Saberes foi realizado através de recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) e garantiu investimento de R$ 1,6 milhão aos Pontões de Cultura do Estado, com a premiação de uma proposta para Gestão da Rede Cultura Viva, e outra, para Mestres e Mestras da Cultura Popular Tradicional, vencida pelo Ubuntu.
O Pontão de Cultura Ubuntu levou ao seminário representantes de diferentes regiões do estado, garantindo a diversidade de vozes e saberes culturais. Entre os convidados estavam:
Mestre Bororó, figura central da Pequena África, conhecido por sua atuação em rodas de samba e por manter viva a memória do território ancestral da região portuária do Rio. Coordena o Ponto de Cultura KWÊ BORORÓ Casa de Pertencimento, Cultura e Resistência AfroIndígena, com sede no centro do Rio.
Mestra Jandira, de Magé, referência nas tradições afro-brasileiras e líder do movimento Mulheres Guardiãs da Guanabara, que tem como objetivo promover a valorização da cultura alimentar local, por meio de oficinas e práticas que resgatam conhecimentos ancestrais de aproveitamento de alimentos e estimulam o consumo sustentável.
Mestre Cláudio, de Resende, reconhecido por seu trabalho em práticas populares ligadas à cultura. É representante do Ponto de Cultura e Ponto de Memória Salvaguarda e sua trajetória é marcada pelo compromisso com a inclusão social, a valorização das tradições afro-brasileiras e a formação de novas gerações de mestres, professores e praticantes de capoeira.
Juliane Carvalho, de São Pedro da Aldeia, responsável por desenvolver ações voltadas para a preservação das tradições caiçaras nas Baixadas Litorâneas e atua como Coordenadora do Ponto de Cultura e Memória Ilê Asé Iya Oju Omi.
Mestre Messias, do Vidigal, professor de danças populares em instituições de ensino, incluindo a universidade estadual do estado do Rio de Janeiro, é fundador do Ponto de Cultura Ponto de Memória e Ação Local Vidigal Capoeira, que leva oficinas de culturas populares para a comunidade do Vidigal.
Paula Tanga, de São Gonçalo, diretora do Polo Cultural Afrotribo e Coordenadora do Ponto de Cultura do mesmo nome, é criadora do Prêmio UBUNTU de Cultura, que premia Mestres e Mestras e demais personalidades com expressiva atuação nas culturas afro-brasileiras e africanas.
Flavia Souza, ativista e representante da Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop, nomeada pelo Ministério das Mulheres. É idealizadora e Coordenadora do Ponto de Cultura Afrolaje, no Méier, que atua na difusão da cultura de matriz africana por meio de rodas de jongo, apresentações de dança, música e percussão, além de oferecer oficinas e projetos sociais.
Durante os quatro dias de atividades, mestres e mestras participaram de painéis, oficinas e apresentações culturais, além de rodas de conversas sobre políticas ambientais e econômicas para as comunidades tradicionais.
Com o apoio da SececRJ, o Rio de Janeiro esteve representado em um dos principais encontros internacionais dedicados às culturas tradicionais, reafirmando seu compromisso em valorizar o patrimônio cultural imaterial e fortalecer políticas de inclusão cultural.
Para acompanhar mais iniciativas de valorização da cultura fluminense e saber das próximas ações, siga a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro nas redes sociais @sececrj.