À medida que o século XIX caminhava, o cultivo do café ia se tornando fundamental para a economia brasileira. Entre 1881 e 1890, a produção cafeeira correspondia a cerca de 60% do total das exportações. As fazendas do café estavam localizadas no Vale da Paraíba, na região Sul Fluminense, e utilizavam a mão de obra escrava para trabalhar em suas lavouras. Reconhecidos com títulos de nobreza, os fazendeiros formavam a base de apoio do império e se incomodaram com as leis que foram gradativamente abolindo a escravidão, gerando, assim, instabilidade política.
Com o fim do século e a abolição, a economia cafeeira fluminense foi declinando. Isso ocorreu pela dificuldade de expandir as terras, que já estavam castigadas, e pelo impacto sofrido com a substituição dos escravos pela mão de obra livre. No entanto, muitas fazendas sobreviveram até os dias de hoje, tornando-se locais históricos que merecem ser visitados, pois preservam a memória desse importante momento do império. É numa dessas fazendas que podemos encontrar o Museu do Café, ponto turístico repleto de informações sobre o cotidiano nas propriedades rurais do Rio de Janeiro no século XIX.
A Fazenda São Luiz da Boa Sorte foi o resultado da união, em 1891, entre duas fazendas, a São Luiz e a Boa Sorte, ambas pertencentes à sesmaria do Pescado. A primeira foi demolida, restando apenas o terreno e uma capela. Atualmente, além do Museu do Café, ela também abriga um hotel, movimentando a economia do setor turístico do Rio de Janeiro.
O Vale da Paraíba também conta com outras 11 fazendas tombadas. São elas: Espuma, Forquilha, Maravilha, Ponte Alta, Ribeirão Frio, Santa Rita, Santo André, Santo Antônio do Paiol, São Paulo, Vista Alegre e São Domingos.
Endereço Museu do Café: BR 393 – Rodovia Lúcio Meira – KM 210 – Vassouras/RJ – CEP 27700-000