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Dedé Santana participa de bate-papo na Biblioteca Parque Estadual

Artista faz balanço de seus 85 anos de carreira e fala de seus novos projetos e sonhos


Dedé Santana participa de bate-papo na Biblioteca Parque Estadual ao lado de Fioravante Almeida. Crédito: Leonardo Ferraz/SECECRJ

“Eu até hoje agradeço muito ter pertencido a esse grupo Os Trapalhões. Até hoje encontro gente que começa a chorar de emoção quando me encontra pelas lembranças que guardam daqueles tempos”, contou Dedé Santana, num bate-papo realizado nesta sexta-feira (03) na Biblioteca Parque Estadual. No balanço que fez de sua carreira na sede da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, transmitido pelo YouTube, o ator, palhaço, diretor e roteirista também fez revelações. Como o sonho de realizar um projeto cultural gratuito para as crianças.


“Me lembro de quando eu trabalhava no circo, de ver muitas crianças entrarem sem pagar, às vezes passando por baixo da lona, porque não tinham como comprar ingresso. Por isso, tenho esse sonho de realizar esse projeto com entrada gratuita”, afirmou o ex-Trapalhão.

Dedé participou do grupo Os Trapalhões, que bateu vários recordes na TV e no cinema. Crédito: Leonardo Ferraz/SECECRJ


Seu sonho está prestes a ser realizado e está previsto para novembro essa ação cultural, em parceria com a Sececrj, que reunirá num espaço no Porto Maravilha, no Rio, circo, teatro e cinema, com gratuidade para estudantes. Os detalhes estão sendo guardados a sete chaves, mas o projeto tem tudo para ser mais um sucesso na carreira de 85 anos de Dedé.

No bate-papo, transmitido pelo canal da produtora FLO Arts e comandado pelo ator e produtor Fioravante Almeida, o artista contou que estreou nos palcos aos 3 meses.

“Entrei no palco com 3 meses no colo da minha mãe, para substituir um boneco, e com 7 anos já era palhaço. Já na nasci no circo”, disse ele.
Dedé revelou que teve várias funções no circo na infância e adolescência e também precisou trabalhar em várias profissões, como engraxate, verdureiro e mecânico.

“Só me arrependo de não ter lido mais”, admitiu o artista para a plateia formada por crianças.

Dedé contou que abandonou o circo para realizar o sonho de trabalhar com cinema e por isso trocou São Paulo pelo Rio com a cara e a coragem. Morou na Praia de Copacabana, sem teto, e estreou no teatro com muita insistência para substituir um ator. Sua primeira peça foi no antigo Teatro Follies, do bairro, e depois os convites não pararam.

Por acaso, também foi seu encontro com Renato Aragão, seu parceiro Didi dos Trapalhões, com quem começou a contracenar no antigo Teatro Recreio. A parceria durou décadas e foi responsável por recordes de audiência aos domingos na TV Globo, depois de passar pela Excelcior e a Record.

“Estávamos na Record de São Paulo quando eu disse: ‘Vamos botar um afro-descendente que vai agradar’ e convidamos o Mussum que era do conjunto Originais do Samba e meu amigo. Foi um sucesso”, contou.

A entrada do quarto integrante, o Zacarias, veio através de Renato. O mineiro também agradou de cara o público da TV. O quarteto acabou entrando para o Guinness, o Livro dos Recordes, por terem feito o programa de humor de maior duração da TV, com 35 anos de exibição.

Para as crianças, Dedé revelou que gostaria de ter estudado e lido mais na infância. Crédito: Leonardo Ferraz/SECECRJ

Dedé falou de sua grande satisfação de fazer cinema e de seus 63 longas, alguns como diretor. Sem pensar em parar de trabalhar, o artista ainda se dedica às redes sociais e recomenda às crianças que assistam aos seus antigos filmes e programas e que estudem muito.

“As crianças são o futuro do Brasil. Por isso, não deixem de estudar”, aconselhou.