Dona de uma vitoriosa carreira de empresária cultural e gestora pública, Helena Severo é a nova diretora da Casa França-Brasil. A convite da secretária de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, Helena assume a função com a expectativa de criar uma grande gestão para a instituição cultural, que ocupa o imponente solar neoclássico de 200 anos e sempre marcou o cenário artístico com produções de vanguarda e de destaque nas artes contemporâneas.
Helena ressalta que as dificuldades impostas pela pandemia no setor administrativo tornam seu novo cargo um grande desafio; uma nobre missão a cumprir em sua vida profissional. Seu último cargo foi a presidência da Fundação Biblioteca Nacional, em 2016, onde permaneceu até dezembro de 2019.
– Vamos recuperar a vocação original da Casa França-Brasil. Pretendo entregar realizações importantes, trabalhando para que a CFB volte a ocupar seu espaço de referência nas atividades culturais do país e, também, do exterior -, pontuou Helena, ao lado de Danielle Barros, em sua primeira reunião com a equipe administrativa da Casa e o superintendente de Artes da secretaria, Rômulo Sales.
RECUPERAÇÃO DE VOCAÇÃO ARTÍSTICA DA CASA
Como primeiro passo ao assumir a nova direção do espaço, Helena planeja um projeto estrutural que incorpore todas as atividades desenvolvidas no espaço interno do prédio histórico, visto que a Casa França-Brasil é um centro cultural voltado para diversas manifestações artísticas, como por exemplo exposições de artes plásticas e visuais, cinema, vídeo, quadrinhos, música e multimídia.
Para a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros, a chegada de Helena Severo reforça o posicionamento cultural do equipamento público.
-A Casa França é uma potencial cultural do nosso estado e a chegada de Helena credencia a retomada cultural que estamos promovendo em todo estado. Dona de enorme credibilidade, que é tudo que a Casa precisa, com ocupação cultural e artística deste importante espaço, que é para a população – ressaltou.
Quando a epidemia passar e o isolamento social acabar no Rio, um dos próximos projetos que Helena vai assumir surgiu da idealização da Secretária Danielle Barros.
– Vamos utilizar uma das salas para hospedar uma exposição permanente sobre o histórico da Casa França-Brasil, ao longo de sua trajetória de 200 anos, fincados em 13 de maio deste ano de 2020, na qual viveu momentos marcantes – disse.
Currículo na Cultura
Formada em Direito e com mestrado em Ciências Sociais, Helena Severo tem um vasto currículo na área cultural. Além da presidência da Fundação Biblioteca Nacional, ela também assumiu outros cargos de gestão de equipamentos públicos: secretária municipal de Cultura do Rio, secretária estadual de Cultura do Rio, diretora do Museu da República, coordenadora Nacional da Mostra do Redescobrimento – Brasil 500 anos e presidente da Fundação Theatro Municipal.
Tradição Histórica
O prédio é o primeiro registro do estilo neoclássico no Rio de Janeiro; tendência que viria então a se popularizar, dando à cidade – marcada por suas casas coloniais – um tom mais cosmopolita à moda europeia. Localizado no Centro do Rio, um local vivo em cultura e história do país, o palacete foi construído a pedido de Dom João VI, em 1819, ao arquiteto Grandjean de Montigny, integrante da Missão Francesa.
A Casa França-Brasil tem uma localização geográfica estratégica na rota do turismo e também na revitalização social do centro da cidade do Rio de Janeiro. Está situada de frente para a histórica Catedral da Candelária, tendo ainda como vizinhos mais próximos os concorridos Centro Cultural do Banco do Brasil, o Centro Cultural Correios e o Centro Cultural da Marinha. Ao fundo, o imponente prédio da CFB é aberto para a Orla Conde, o corredor cultural que une o Museu Histórico Nacional e o Paço Imperial, na Praça XV.
“O espaço ainda oferece mais atrações culturais. Seguindo em frente, a uma distância bem curta, estão localizados o Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio e o AquaRio”, assinala a nova diretora da Casa França-Brasil, que tem de fato uma folha corrida de inúmeros serviços em prol do bem público e de seu uso gratuito pela população.