Por SECEC-RJ em 29/05/2019
O imóvel onde está sediada a Casa da Marquesa de Santos/Museu da Moda Brasileira foi presente do Imperador D. Pedro I para Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, em 1827.
Raro exemplar arquitetônico do século XIX, é uma das primeiras edificações tombadas pelo IPHAN, em 1938. Projetada por Jean Pierre Pézerat, arquiteto do Imperador, é adornada com pinturas decorativas de Francisco Pedro do Amaral e trabalhos em estuque dos irmãos Ferrez. Apresenta uma aura graciosa e romântica, mesclando temas do universo feminino com o universo neoclássico.
A Casa da Marquesa é o ponto de partida para apresentar a importância da mulher na História brasileira e da moda na cultura, apresentando uma aura graciosa e romântica, mesclando temas do universo feminino com o universo neoclássico. O Museu da Muda Brasileira buscará também valorizar a Casa e, ainda, contribuir para a requalificação do bairro de São Cristóvão, enfatizando seu status de polo da moda carioca por reunir mais de 300 empresas com atuação no segmento.
A história da propriedade remonta ao ano de 1826, quando
o imperador Dom Pedro I adquiriu o terreno que abrigava um prédio de dois
pavimentos e designou o arquiteto francês Pierre-Joseph Pézerat para conceber
um novo projeto arquitetônico para o imóvel.
A reforma e adaptação do antigo casarão colonial que ali existia fizeram surgir
um palacete em estilo neoclássico, graças ao arquiteto do Imperador. As
pinturas decorativas foram confiadas a Francisco Pedro do Amaral, aluno de
Debret.
A mitologia greco-romana, nos baixos-relevos, dá o tom
nas decorações no exterior da casa e nos forros dos salões superiores, sendo
atribuídos aos irmãos Marc e Zephirin Ferrez, escultores da missão artística
francesa. A maioria das janelas e portas do solar possui bandeiras de vidro,
com caixilhos decorados na forma de corações, conferindo um ar de romantismo à
casa. Os assoalhos são de madeira brasileira trabalhada.
Entre 1827 e 1829, o Palacete do Caminho Novo, que mais tarde se tornou
conhecido como Solar da Marquesa, foi cenário do romance vivido pelo Imperador
e a Marquesa de Santos.
Da Quinta da Boa Vista, residência do Imperador, Dom
Pedro podia avistar o solar. Na fachada interna, duas escadarias, em um
elegante desenho de curvas sinuosas, conduzem a um agradável jardim com um
largo cercado de árvores frondosas.
Em 1829, o romance de Dom Pedro I e a Marquesa de Santos chegou ao fim. O
solar, então, foi vendido. Ao longo do século XIX, passou por vários
proprietários, entre eles o barão de Vila Nova do Ninho – que o
reforma e imprime na fachada a data de 1851, como marco da reinauguração – e o
barão de Mauá, que lá residiu entre 1869 e 1882, sendo responsável por novas
adaptações, inclusive as sobreposições de pinturas na sala de música, no piso
superior.
Endereço: Av. Pedro II, 293 – São Cristóvão, Rio de Janeiro – RJ, 20941-070
Telefone: (21) 2216-8500, ramal 267 – 2332-4512
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