Festival comemora 15 anos com programação inteiramente nacional
Pela primeira vez apresentando exclusivamente artistas nacionais, o Festival Multiplicidade batizou esta edição, sua 15ª, com um nome especial: BRASIS. Idealizado pelo artista Batman Zavareze, o evento que une imagem e música por meio da tecnologia será aberto, na próxima sexta-feira (27/09), com show do BaianaSystem no Circo Voador.
O espetáculo do grupo de Salvador, que eletriza multidões, será uma mistura de temas dos seus três álbuns com participação especial dos baianos Antônio Carlos e Jocafi, na música “Água”, do álbum novo, mais cenário e projeções novas, criadas por Filipe Cartaxo.
O encontro do BaianaSystem com o Festival Multiplicidade vai ser celebrado também através de uma série especial de máscaras, tradição nos shows da banda, desenhadas exclusivamente para o festival. A que será distribuída para o público, desta vez, tem inspiração nos povos indígenas e nos grafismos da bandeira nacional. Além disso, o BaianaSystem também estará presente no prosseguimento do Festival, que de 30 de setembro a 6 de outubro acontece no Centro Cultural Oi Futuro. Haverá, no local, uma instalação artística com as referências de som, visuais e reflexões da banda baiana, mostrando os processos íntimos de criação do grupo.
Nesta edição, o Multiplicidade conta com o patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e da empresa Oi, através do apoio cultural do Oi Futuro. No primeiro dia no Oi Futuro, no Flamengo, acontecerá o lançamento do livro “MULTIPLICIDADE>BARULHO/RESISTÊNCIA”, com performance e instalação com leituras e doação dos 11 livros já publicados pelo festival em sua trajetória.
Entre os trabalhos que serão exibidos, “Johann Moritz RugendasRemix”, uma instalação audiovisual criada a partir da obra do naturalista alemão J. M.Rugendas durante sua viagem ao Brasil, em 1836, que tem muito a ver com as investigações conceituais que permeiam o festival de 2019.
Rosa Magalhães, consagrada carnavalesca, assina com Marlus Araújo a instalação “Côncavo e Convexo”, que utiliza técnicas de filmagem e projeção de duomos. Também está programada uma performance do artista plástico, poeta e músico Cabelo, “Luz com trevas”, com participação de Nado Leal e a turma do Passinho. Raul Mourão é outro artista plástico celebrado que irá integrar o festival com a obra “TheNewBrazilianFlag”.
Em seus 14 anos de existência, o Festival Multiplicidade atingiu vários marcos, como mais de 800 artistas participantes de 25 países, 15 apresentações internacionais, oito prêmios internacionais e nacionais, um alcance de 12 milhões de pessoas nas redes sociais e internet, público presencial de mais de 120 mil pessoas, um LP lançado em 2018 e três dissertações e teses de mestrado e doutorado nas quais o festival foi objeto de pesquisa acadêmica.