Nova subsecretária de Integração Cultural defende diálogo com o setor
Por SECEC-RJ em 07/04/2021
Com o objetivo de aproximar ainda mais a Secretaria de Cultura do Estado dos artistas, foi criada a Subsecretaria de Integração Cultural. Isabela Castro, que assumiu a função de fazer a interlocução em todo território fluminense, contou um pouco mais sobre os objetivos da pasta.
– Como a realização de ações coordenadas pode gerar frutos para o setor cultural?
– A Subsecretaria de Integração Cultural foi criada justamente para possibilitar esse suporte aos fazedores de cultura e buscar criar as conexões tão necessárias para que projetos variados possam ser desenvolvidos. Os produtores e artistas estão espalhados pelo Estado do Rio contribuindo de forma intensa para a riqueza cultural fluminense e levando entretenimento para a população. O que eles mais precisam é serem ouvidos, poderem mostrar suas necessidades e encontrar formas de serem mais beneficiados pelas políticas públicas. Estamos dando essa oportunidade e criando essa diretriz de proximidade, diálogo e parceria com os artistas.
– Em que medida as iniciativas criadas por lideranças ou pessoas comuns estão dando resultado?
– Há muitos projetos que estão dando certo e beneficiando muita gente, mesmo que não tenham muita visibilidade. Mas o ganho para as pessoas e o impacto para o seu território é incrível. Vou dar o exemplo de uma biblioteca comunitária em Parada Angélica, em Duque de Caxias. A iniciativa já ajudou na formação de muitos estudantes. Hoje em dia, pessoas que estudaram com o auxílio daquele espaço estão indo lá para dar aula para os mais novos. O poder público não pode ficar alheio e tem que potencializar essas ações. Então o nosso trabalho na integração é encontrar, dialogar e aproximar o poder público de toda e qualquer iniciativa cultural.
– Como alavancar a cultura para fomentar a geração de emprego e renda para as pessoas em todo estado?
– Acredito que unir forças é fundamental para fortalecer a cultura, a preservação do patrimônio e gerar empregos. Temos um estado rico em história e isso deve ser potencializado. O município onde eu moro, Magé, é um exemplo do enorme potencial do nosso patrimônio. Há muito tempo há um projeto de resgatar a importância de Garrincha para o distrito de Pau Grande, que deveria ter um museu em sua homenagem. Atrairia muitos visitantes, geraria renda e emprego para as pessoas. A cidade tem a primeira linha férrea do Brasil, bem como outros bens importantíssimos. Por isso, com vontade política e união entre a iniciativa privada e o poder público as coisas podem acontecer.
– É possível fazer cultura em qualquer espaço? De que forma a Secretaria ajuda os artistas para que a arte aconteça?
– Sabemos que alguns municípios são carentes de equipamentos como museus, cinemas ou bibliotecas e a SECEC está fazendo sua parte para democratizar mais o acesso a esses bens. No entanto, é possível sim realizar eventos e atividades diversas nos espaços disponíveis. A Lei Aldir Blanc nos mostrou isso, seja através das plataformas digitais, ou ocupação temporária de espaços públicos. Recentemente em Magé foi realizado o “Fomenta Festival”, que reuniu artistas e bandas de rock e MPB e foi muito bem organizado. É sobre isso. Ouvir os fazedores de cultura, debater em conjunto, encontrar soluções. É dialogar para construir caminhos.