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SECEC busca articulação com municípios para incrementar políticas culturais

Adenilson Honorato é responsável por assessoramento de Relações Intermunicipais da SECEC


Adenilson Honorato é responsável por assessoramento de Relações Intermunicipais da Secretaria e auxilia municípios fluminenses na adoção de políticas públicas voltadas para a Cultura

Adenilson Honorato é assessor de Relações Intermunicipais da SECECRJ. Crédito: Fred Pontes

Como a Assessoria de Relações Intermunicipais vem contribuindo para o avanço das políticas públicas culturais no Estado do Rio?

– Temos justamente esse desafio de levar aos municípios fluminenses a presença das políticas públicas voltadas para a Cultura, de forma mais democrática e descentralizada. A missão dada pela secretária Danielle Barros é para aproximarmos esses gestores municipais da Secretaria para podermos entregar realizações e benefícios para quem está na ponta. Ou seja: os fazedores de cultura, artistas e em geral quem trabalha nessa cadeia produtiva nos municípios. Um ativo que as cidades precisam ter conhecimento é o uso da Lei de Incentivo à Cultura do Estado, bem como a utilização do fomento através dos Fundos. Além disso, precisamos auxiliar os municípios com relação à formação de conselhos municipais e no planejamento de ações integradas com a iniciativa privada. Para isso, contamos também com o auxílio das superintendências vinculadas à Secretaria.

Há muito tempo se fala da concentração de equipamentos e projetos na capital. Como é possível fazer com os demais municípios também tenham a devida expressividade cultural?

– Todos os municípios têm sua riqueza cultural. O que falta é a devida valorização. Um exemplo de como podemos reverter esse quadro é com a Lei de Incentivo à Cultura. Assumimos o desafio de democratizar o acesso aos recursos da cultura e já avançamos bastante. Em pouco mais de um ano aumentamos em 40% o montando investido. Isso foi possível graças à criação de editais democráticos e regionalizados, além de amplo diálogo com os gestores municipais. Outro desafio é que a cultura, sobretudo do Interior, passa muito pela preservação do seu patrimônio. Também estamos assessorando os municípios na questão do Padec (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios) em que há pendências na prestação de contas, além da colaboração na execução da Lei Aldir Blanc nas cidades.

Como é possível ajudar também os munícipios no acesso aos programas federais?

– Não há como executar os programas sem um mapeamento do potencial e da vocação de cada município e da adequação de cada um para receber verbas para os projetos. Procuramos fazer isso de forma conjunta com as cidades. Assim levamos várias iniciativas para o Interior. Assim estamos criando uma via de mão dupla. Temos recebido secretários na nossa Sede, na Biblioteca Parque Estadual, mas também temos ido na ponta, conhecendo a realidade local, assim estamos construindo ideias e pensando no que pode render de frutos para o setor. É lógico que sem os recursos as coisas não vão para frente, mas não é só questão de dinheiro. Temos que ter o diagnóstico certo e moldar o projeto de acordo com cada programa.

Como a cultura pode fomentar o turismo e a economia local?

– Não tem como falar de turismo sem se falar em cultura. Quando há um bem preservado, um patrimônio, uma história cultural da região há interesse turístico. A cultura gera emprego e renda para os municípios. Por isso, é tão importante se valorizar as atividades culturais locais, a gastronomia de cada lugar, suas memórias, seu patrimônio histórico porque são esses aspectos que atraem visitantes e dão autoestima aos moradores.