Cordeiro, São Pedro da Aldeia, São Fidélis, Miracema e Bom Jardim terão espaço para exibição de filmes pelo “Cinema da Cidade”, projeto da Sececrj e Ancine
Luz, câmera, ação: o Dia do Cinema Nacional , comemorado nesta sexta-feira (19), tem salas fechadas e telões desligados por medidas de saúde devido a pandemia da Covid-19. Mas, os próximos roteiros estão sendo escritos com traços de expectativa para novas oportunidades em todo estado. O Cinema da Cidade – projeto realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj) e Ancine – vai construir ou reformar cinco salas de cinema em municípios do interior onde não há esse tipo de serviço: Cordeiro, São Pedro da Aldeia, São Fidélis, Miracema e Bom Jardim. No total, o investimento será de mais de R$ 18,750 milhões (80% de contrato de repasse da União e 20% de contrapartida do Estado).
Iniciadas em agosto de 2019 e paralisadas por causa da pandemia, as obras em Cordeiro foram retomadas nesta quinta-feira (18). A previsão para o término do serviço é no primeiro semestre de 2021. As demais cidades estão no processo de licitação. O objetivo do Cinema da Cidade – uma das linhas de ação do Programa Cinema Perto de Você – é a implantação de complexos de exibição de filmes em municípios de pequeno e médio porte (entre 20 mil e 100 mil habitantes) que não contam com salas de cinema comerciais. Cada complexo exibidor terá duas salas com capacidade total para 168 lugares – em Bom Jardim, já existe uma sala com capacidade para 300 pessoas. O recurso da parceria já estava disponível há alguns anos, e o projeto foi reativado pela atual gestão da Sececrj, antes do início da pandemia do novo coronavírus.
– Fomentar a cultura em todos os 92 municípios do estado é o nosso principal objetivo nesta secretaria. Para concretizar isso, nossa equipe trabalha muito diariamente em busca de parcerias. O cinema é uma das formas de artes mais populares do mundo e a população dessas cidades vão ter a oportunidade de assistir os lançamentos bem perto de casa – disse Danielle Barros, secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio.
Com mais essa opção de entretenimento, as salas de exibição também fomentam a economia local. Cada espaço do Cinema da Cidade prevê a geração de pelo menos 300 empregos diretos e indiretos, com uma plateia de 80 mil espectadores por ano. “O setor de audiovisual é muito amplo no Rio. Há espaço para cada vez mais produções e salas de exibição em todo o estado. O que fomenta a economia, com a geração de empregos direto e indiretamente”, comenta Vinicius Azevedo, superintendente de Audiovisual da Sececrj.
Com 381 salas de cinema no estado, totalizando 11% da quantidade do Brasil, o audiovisual tem uma importância muito grande no Rio. Por isso, a Secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa investiu mais de R$ 24 milhões no setor desde o início de 2019. Na lista, a Secec apoia, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, os principais festivais de cinema nacional: Festival do Rio, Festival Varilux de Cinema Francês e Rio2C, além do CineClube Rio de Telas, que faz sessões gratuitas de cinema brasileiro na Casa França Brasil e na Biblioteca Parque Estadual.
Durante a pandemia, a Sececrj lançou o edital Cultura Presente nas Redes. Do total de classificados, as plataformas digitais terão 50 mil horas de material de audiovisual. Serão 270 projetos deste segmento, sendo 18% do conteúdo selecionado pelo edital. A previsão da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio (Sececrj) é que os trabalhos comecem a ser exibidos nas plataformas digitais a partir de julho.
A Sececrj também está debatendo o retorno das atividades do cinema depois da pandemia. No período de flexibilização, a equipe da Secretaria de Cultura acompanha o início do funcionamento das produções em formato de drive-in, com os clientes dentro de veículos, sem aglomeração e respeitando todos os protocolos sanitários. Para isso, estão realizadas diversas reuniões para analisar uma regulamentação para o funcionamento do serviço.