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Conselho Estadual de Políticas Culturais tem novo presidente


O Conselho Estadual de Políticas Culturais (CEPC) tem um novo presidente: Tales Gomes. A votação foi realizada no início deste mês e promoveu o revezamento, garantido em Lei, passando a presidência do poder público para a sociedade civil, em um novo mandato de dois anos.

Petropolitano radicado no Rio de Janeiro, Tales Gomes tem 36 anos. Iniciou sua carreira no Coral dos Canarinhos de Petrópolis, onde cantou por mais de 10 anos. Estudou história da música, teoria, solfejo, ritmo e instrumentos musicais e apresentou-se em importantes palcos do Brasil, como o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sala Cecília Meireles (RJ), Sala São Paulo, Teatro Guaíra (Curitiba), dentre outros, além de igrejas históricas. Com anos de estrada, agora, suas atenções se voltam à promoção de políticas públicas para o setor cultural fluminense. 

  • Quais os principais desafios durante o próximo ano?

Os principais desafios incluem a implementação dos mecanismos de repasse e execução dos recursos da PNAB, garantindo que estes cheguem de forma justa e eficiente a todos os estados, municípios e Distrito Federal. Outro desafio será a capacitação dos gestores locais e dos agentes culturais, para que possam acessar e utilizar os recursos de maneira adequada, além de assegurar transparência e prestação de contas em todo o processo. Outro elemento importante é o de ajudar a gestão com dados que subsidiem a tomada de decisão. Precisamos fortalecer a cultura com base em dados, criando o Observatório de Cultura do Estado, que, junto com o Sistema de Indicadores Culturais, vai contribuir para o mapeamento do setor e de análises que ajudem na criação de políticas públicas estruturantes.

  • De que forma você enxerga o papel do conselho durante a execução da PNAB?

A Secerj realizou uma consulta pública que obteve quase mil respostas em uma mobilização importante com participação do Conselho e de todo o Estado do Rio. Participamos ainda da audiência com a comissão da cultura da ALERJ para uma escuta com a sociedade civil. Depois disso, o plano de ação foi revisado e aprovado pelo Conselho. Agora, o CEPC vai assumir a função de acompanhar e fiscalizar a execução da PNAB.
  

  • Agora que a presidência passou do poder público para a sociedade civil, de que forma você entende que pode contribuir para a política pública cultural do estado?

Como representante da sociedade civil na presidência do CEPC, pretendo contribuir trazendo uma perspectiva mais próxima das realidades e necessidades dos agentes culturais e dos setores e territórios onde eles atuam. Queremos facilitar o diálogo entre o poder público e os setores culturais, assegurando que as políticas sejam realmente efetivas e respondam às demandas de quem está na ponta. Isso fortalece a democratização do acesso aos recursos e incentiva a diversidade no setor cultural. Além disso, entendo que o CEPC pode ser mais propositivo, atuando para que projetos importantes sejam executados, como a criação do Observatório Permanente de Cultura do Estado. 

Reunião ordinária da eleição e troca de presidência entre Eric Herrero, representante do poder público, e Tales Gomes
  • Gostaria de deixar uma mensagem final para os produtores e agentes culturais?

A todos os produtores e agentes culturais, gostaria de reafirmar o compromisso do CEPC com a valorização e o fortalecimento da cultura em nosso estado. Os representantes da sociedade civil no CEPC são a voz da sociedade no Conselho e devem ser acessados quando os fazedores de cultura precisarem. Sejam ativos, propositivos e cobrem uma atuação dos seus representantes. A Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura é uma oportunidade histórica para consolidarmos um sistema de financiamento contínuo e estruturado. Contem com o CEPC para ser uma voz ativa na defesa dos interesses culturais e para assegurar que cada recurso seja utilizado de forma transparente e eficaz.