Ação está sendo conduzida pela Secerj através do Passaporte Cultural
Ferramenta essencial na formação e desenvolvimento das crianças e jovens, os professores são importantes fontes de aprendizado e condutor de cultura para os alunos. Por este motivo, o programa Passaporte Cultural vai começar a atender a classe docente através de capacitação e oferta de serviços. Neste domingo (13), 160 profissionais da rede pública de ensino vão ser levados para assistir, gratuitamente, o espetáculo musical “A Cor Púrpura”, no Teatro Riachuelo – Centro.
Criado em junho de 2021, o programa, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj), atendeu mais de 18 mil pessoas no último ano. A democratização da cultura norteou as ações, contemplando pessoas de municípios de todas as regiões do estado, em sua maioria crianças de escolas da rede pública de ensino. Agora, a oferta de serviços vai ser dividida com quem forma estes alunos: o professor.
“O Passaporte Cultural permite que as pessoas conheçam, gratuitamente, museus, casas de espetáculo, cinemas e bibliotecas. O programa atende escolas, entidades beneficentes, associações de moradores e organizações culturais comunitárias. Neste ano, vamos abrir para também atender os professores da rede pública de ensino”, explica Cláudia Viana, Subsecretária da Escola da Cultura, setor da Sececrj que administra o Passaporte.
Para assistir ao espetáculo, os 160 professores contemplados serão divididos em três grupos. As apresentações acontecem nos dias 13, 17 e 19 deste mês, no Teatro Riachuelo – Centro.
O Passaporte Cultural trabalha em parceria com equipamentos como o Theatro Municipal, Museu da Imagem e do Som (MIS), AquaRio, Planetário, Biblioteca Parque, Centro Cultural João Nogueira – Imperator, Casa França-Brasil e Parque Lage.
Alice Walker foi a primeira escritora negra a ganhar o Pulitzer pelo seu livro A Cor Púrpura, lançado em 1982, que continua contemporâneo ao retratar relações humanas de amor, poder e ódio, em um mundo pontuado por estruturais diferenças econômicas, sociais, étnicas e de gênero. Com direção de Steven Spielberg, a obra foi adaptada para o cinema em 1985, recebendo 11 indicações ao Oscar.
Escrito há mais de 35 anos e vencedor dos Prêmios Pulitzer, Grammy e Tony, A Cor Púrpura é um musical baseado em uma história passada na primeira metade do século XX, na zona rural do Sul dos Estados Unidos, com personagens típicos dessa região.
O espetáculo apresenta a trajetória e luta de Celie (Letícia Soares) contra as adversidades impostas pela vida a uma mulher negra, na Geórgia, no decorrer da primeira metade do século XX. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu suposto pai (Jorge Maya), que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros (entre eles, Harpho – Alan Rocha), lavar, passar e trabalhar sem remuneração. Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie (Ester Freitas) e passa a morar com o marido Mister (Wladimir Pinheiro).
Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia (Erika Affonso) e Shug (Flávia Santana) entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças e novas perspectivas, esperança e até prazer. A saga de Celie é permeada por questões sociais de extrema relevância até os dias atuais como a desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher. Completam o elenco: Analu Pimenta (Squeak); Suzana Santana (Jarene); Hannah Lima (Doris); Cláudia Noemi (Darlene); Caio Giovani (Grady Ensemble); Leandro Vieira (Chefe da Tribo Olinka Ensemble); Gabriel Vicente (Bobby Ensemble); Thór Junior (Pastor Ensemble); Renato Caetano (Soldado Ensemble); Nadjane Pierre (Solista da Igreja Ensemble).
Duração: 180 minutos